BIG STORY

Você pagaria para ter um bebê perfeito?

Imagine um cenário onde, antes de engravidar, você possa ver uma pontuação que estima a predisposição genética a certas doenças complexas de seus filhos, com base em centenas ou milhares de variantes genéticas.

Te parece interessante ou assustador? Seja lá qual for a resposta, essa é uma realidade que vem ganhando força entre a alta classe recentemente, à medida que empresas estão prometendo a “seleção” de embriões com precisão.

Basicamente, pais que recorrem a fertilização in vitro (FIV) para iniciar uma família contratam empresas que oferecem uma espécie de ‘’raio-x’’ genético que identifica mutações raras e predisposições a problemas como:

• Bipolaridade

• Obesidade

• Perda auditiva

• Câncer

Tecnicamente, o nome do método é “Polygenic Risk Score” (PRS). No pitch de vendas, um embrião pode ter um risco genético 2x maior para uma condição do que outro da mesma família.

Os pais recebem os dados com insights sobre o embrião, que pode ter menor risco de uma condição e maior risco de outra, por exemplo. Não deve demorar para que insights de AI sejam inseridos na “análise”.

A proposta atraiu gente grande

Entre os investidores de uma das startups mais baladas desse ramo, a Orchid, estão nomes como:

• Peter Thiel (fundador da PayPal)

• Brian Armstrong (ex-Coinbase)

• Vitalik Buterin (criador da criptomoeda Ethereum)

Há um boato, confirmado pelo Washinton Post, que Shivon Zilis, mãe de quatro filhos de Elon Musk, também usou a tecnologia para gerar pelo menos um dos bebês do casal.

O processo completo pode passar de US$ 20.000 por tentativa. Algumas clínicas já vendem pacotes com 5 ou mais embriões analisados, aumentando a chance de “escolha genética ideal”.

Até parece inovador, mas não é tanto assim…

Em 1980, Robert Klark Graham, um engenheiro e empresário norte-americano fundou o Repository for Germinal Choice, popularmente conhecido como o "banco de esperma dos ganhadores do Prêmio Nobel".

Graham acreditava na ideia de que a humanidade poderia ser melhorada por meio da eugenia, ou seja, selecionando geneticamente pessoas "superiores" para se reproduzirem.

Com base nisso, ele fundou o banco de esperma com a proposta de coletar sêmen de homens extremamente inteligentes e inseri-los em mulheres igualmente brilhantes, com a ideia de criar uma “geração superior”.

Algumas curiosidades:

• O projeto funcionou de 1980 a 1999;

• Inicialmente, o foco era realmente em ganhadores do Nobel, mas eles não conseguiram muitos. Ao todo, apenas três laureados gostaram da ideia;

• Com o tempo, o critério foi ampliado para incluir homens com QI alto, atletas de elite e cientistas;

• Estima-se que o banco resultou em mais de 200 crianças nascidas por inseminação artificial.

Já na época, a proposta foi amplamente criticada por suas bases eugênicas, lembrando práticas pseudocientíficas e racistas do século XX.

O projeto foi encerrado após a morte de Graham em 1997, e seus arquivos foram destruídos dois anos depois. Uma de suas “crias” ganhou notoriedade na matemática e ficou com o estigma de “bebê nobel” (veja).

De volta ao ano de 2025…

A diferença entre as experiências do passado e os testes atuais parece estar apenas na escala e na precisão.

A tecnologia de seleção embrionária por Polygenic Risk Score ainda é recente, limitada em alcance e cercada de incertezas. Mesmo assim, o mercado cresce.

Estima-se que 1 em cada 3 casais que fazem FIV nos Estados Unidos já consideram esse tipo de análise genética — um número que tende a aumentar à medida que os custos caem e os resultados se mostram mais promissores.

MANCHETES DO DIA

→ Pelo menos 37 cidades terão manifestações contra Lula e Moraes

→ Terremoto de magnitude 3.0 atinge Nova Jersey e tremores são sentidos em partes de NY

→ Preços de aluguéis para COP30 disparam, viram meme na internet e países pedem retirada de Belém como sede

→ DataFolha aponta: 29% avaliam governo Lula como ótimo ou bom e 40% como ruim ou péssimo

→ STF não deve proibir bancos de aplicar sanções de Trump e Moraes

→ Diretoria do FMI conclui 1ª revisão de programa da Argentina e aprova desembolso de US$ 2 bi

→ ‘Pele e osso’: familiares reagem a vídeo de refém divulgado pelo Hamas

APRESENTADO POR SAMSUNG

Controlar o sono é o novo lifestyle

Entre vídeos de rotina noturna e despertadores antes do nascer do sol, o sleepmaxing virou uma das trends mais fortes do momento.

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CIÊNCIA E TECNOLOGIA

APRESENTADO POR SMILES

Quem disse que milhas só servem pra voar?

Tem gente que junta milhas pensando só na próxima passagem aérea. Mas elas também podem valer boas diárias num hotel.

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É mais que hotel. É hotel com milhas.

EDITORIAL

Dedo do meio, Sr. Ministro?

Quarta-feira à noite, estádio lotado, derby paulista, arquibancadas vibrando com o Corinthians e Palmeiras em Itaquera.

Entre gritos, vaias e o ritual costumeiro do futebol, uma cena chamou mais atenção do que o próprio placar: a presença do Ministro Alexandre de Moraes, poucas horas depois de ser sancionado pela Lei Magnitsky.

Provocado pela torcida do seu próprio time, o integrante da mais alta corte do país mostrou seu dedo do meio direito para o público.

O cargo que representa o topo do Judiciário, o pilar da Constituição, o símbolo máximo da estabilidade institucional — reduziu-se a um gesto de impulsividade e desrespeito.

O gesto, em si, pode até ser pequeno — ainda mais considerando o contexto de um estádio de futebol. O problema é quem o faz e o peso simbólico que carrega.

Um juiz da suprema corte, que jurou proteger a imparcialidade, a liturgia do cargo e a dignidade da Justiça.

E o que ele fez foi o oposto: Respondeu ao povo com o mesmo gesto que adolescentes usam no pátio do colégio.

Insultou a arquibancada, ofendeu aqueles que acreditam em um país sério — e além disso, ofendeu o próprio cargo.

Uma ofensa a tantos juízes sérios, discretos e comprometidos, que viram ali sua classe sendo exposta ao vexame por um dos seus.

Será que não é parte da função manter a compostura quando o resto do país já perdeu?

Talvez todo mundo tenha se esquecido que quem paga o salário de qualquer funcionário público — incluindo o do excelentíssimo Ministro — eram aqueles que estavam na arquibancada, e você que viu tudo nas redes sociais.

Talvez o ministro tenha simplesmente ilustrado — ou demonstrado — exatamente o recado que as instituições do Brasil já tentam passar há algum tempo, mas ainda não haviam tido a coragem que ao Dr. Alexandre nunca faltou:

"Que vocês todos — trabalhador ou empresário, criança ou adulto, corintiano ou palmeirense, esquerda ou direita — se danem, de preferência aí embaixo, bem longe daqui. Foda-se.”

Naquela noite, não foi a torcida que perdeu a linha.
Foi quem deveria estar acima dela.

Esse texto não é sobre política.
Nem sobre quem o aplaude ou quem o detesta.
É sobre decoro, exemplo e o que esperamos de um juiz.

Porque se até o presidente do Supremo desce ao nível da provocação, o que sobra do pacto institucional?

Dedo do meio, Sr. Ministro?
O país merece mais do que isso.

Todo domingo, uma carta aberta sobre o assunto que mais movimentou o país ao longo da semana.

TO GO

O CEO deu uma missão para a editoria: “Achem um Airbnb que faça qualquer um sentir vontade de largar tudo e ir agora”. Encontramos.

Uma cabana de vidro em Palhoça, cercada de mata atlântica, com banheira digna de cena de cinema e cachoeira privativa.

📌 Palhoça – SC (15 km da Guarda do Embaú)
💦 Cachoeira privativa
🛏 1 quarto | até 2 hóspedes
🐢 Não permite animais
💰 Diária a partir de R$ 750

ESPORTES

É DO BRASIL! Em um jogo marcado por 8 gols, o Brasil derrotou a Colômbia, nos penâltis, na final da Copa América Feminina.

• O Brasil caminhava para ser derrotado por 3 a 2 quando Marta marcou esse golaço, empatando a partida, levando para a prorrogação. Aos 115 minutos, ela, de novo, fez o 4°. Minutos depois, a Colômbia empatou a partida, que foi para as penalidades. Por 5 a 4, quem levou o troféu para a casa foram as brazucas.

Brasileirão ⚽️

Duelo de tricolores. O saturday night football do Campeonato Brasileiro marcou o encontro entre Fluminense e Grêmio, no Maracanã. Quem levou a melhor foi o tricolor carioca, vencendo por 1 a 0.

Nesse domingo, Botafogo recebe o líder, Cruzeiro no horário das 16h. No mesmo horário, Corinthians e Fortaleza se enfrentam na Neo Química Arena.

Fórmula 1 🏎️

Gabriel Bortoleto é o nome dele! O brasileiro fez a sua melhor classificação do ano e vai largar no GP da Húngria no 7° lugar. Na parte da frente, surpreendendo a própria equipe — e quem acreditava no domínio absoluto da McLaren — Charles Leclerc garantiu a Pole position. O monegasco segurou os dois carros da laranja mecânica, com Oscar Piastri e Lando Norris largando da 2ª e 3ª posição. A corrida acontece hoje, a partir das 10h.

Ainda na F1… Lewis Hamilton, que não ficou entre os 10 primeiros colocados, deu essa forte declaração a respeito do seu desempenho desde a chegada na Ferrari.

APRESENTADO POR NESCAFÉ PRO-ENERGY

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TRENDING

O futuro do streaming quer contar com você

Imagina abrir o Netflix, escolher “Star Wars” e, em vez de assistir, começar a criar seu próprio planeta, escrever falas para Darth Vader e, se quiser, se colocar na cena final.

Esse é o pitch do Showrunner, a nova plataforma de streaming de AI da Fable Studio, que acabou de ganhar um cheque gordo (valor não revelado) da Amazon.

A proposta é simples e ousada: transformar qualquer assinante — que pague de US$ 10 a US$ 40 por mês — em criador de TV. Com direito a inventar programas do zero, remixar cenas clássicas e até inserir-se na narrativa.

• Tudo gerado por inteligência artificial e embalado numa interface que parece ter saído direto da Netflix.

O plano vai além do público comum

A Fable está de olho nos estúdios, tentando convencê-los a abrir suas propriedades intelectuais para que fãs possam brincar com elas.

Em troca, prometem parte da receita e o buzz gratuito das redes sociais. Um estúdio já topou, e a Disney está na mira — Saatchi, o CEO, até sonha com um “Star Wars” interativo no Disney+.

O primeiro sucesso da plataforma é Exit Valley, uma sátira no estilo Family Guy sobre os bilionários da AI, de Sam Altman a Elon Musk. Usuários podem adicionar amigos como personagens e criar episódios personalizados.

TO EAT

Yakissoba. Mais fácil do que parece, mais gostoso do que o delivery. O segredo está no molho — e em não errar o ponto do macarrão.

Ingredientes (2 porções generosas)

• 1 pacote de macarrão para yakissoba (ou lámen sem o tempero)

• 1 cenoura em tiras

• 1/2 brócolis

• 1/2 pimentão vermelho fatiado

• 1/2 cebola em pétalas

• 200g de carne em tiras (alcatra, frango ou tofu)

• Azeite ou óleo de gergelim para refogar

Molho clássico

• 1/4 xícara de shoyu

• 1 colher (sopa) de molho de ostra (opcional, mas dá um boost)

• 1 colher (chá) de açúcar

• 1 colher (chá) de amido de milho diluído em 1/3 xícara de água

• Pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparo

1. Cozinhe o macarrão até ficar al dente. Reserve.

2. Em uma panela ou wok, refogue a carne com um fio de óleo até dourar. Retire.

3. Na mesma panela, adicione mais um fio de óleo e refogue os legumes (comece pela cenoura, depois o brócolis, cebola e pimentão).

4. Volte a carne à panela, adicione o macarrão e o molho. Mexa até engrossar levemente e envolver tudo.

5. Sirva quente. Vale comer direto da panela (ninguém vai julgar).

TO WATCH

Esse lançamento do final de semana chegou para os fãs de romance e drama suspirarem.

A história acompanha Anna, uma estudante americana que realiza o sonho de estudar na Universidade de Oxford — e, no pacote, conhece Jamie Davenport, um professor britânico tão charmoso quanto misterioso.

Entre aulas, pubs e segredos, ela vai ter que escolher entre o amor e seus próprios sonhos.

ICYM

TO READ

No novo livro de Ryan Holiday — Faça o certo, faça agora — a ideia é simples, mas poderosa: num mundo que parece premiar os espertos e os cínicos, fazer o certo virou quase um ato de rebeldia.

Holiday resgata a virtude estoica da justiça e mostra que, antes da coragem ou da disciplina, vem o compromisso com o que é certo. Com histórias de figuras como Gandhi, Marco Aurélio e Florence Nightingale, ele relembra que caráter ainda importa — e talvez seja exatamente o que está faltando.

RODAPÉ

SUNDAY'S (the news)

A edição de domingo do seu jornal favorito. Nunca seja chato ou desinteressante — ainda mais no almoço de família. Com essa leitura, você terá sempre algo a acrescentar no almoço de logo mais.

• Sentiu falta do termômetro? É proposital. Domingo vai ser sempre diferente dos dias comuns da semana.

Se inscrever é grátis e cancelar a assinatura também.

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Bom domingo e até amanhã!