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04/03/2025

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NA EDIÇÃO DE HOJE
🌍️ Premiê da Polônia aperta o discurso e o editorial ousado do WSJ
💵 O custo anual da justiça brasileira
🛍️ A Prada está prestes a adquirir a Versace
🥂 A venda de álcool online está em alta
🧃 Trocar café por suco vai sair mais barato
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E: 14% D: 3% | Enquete votada por 4.394 leitores na edição de 03/03 | Saiba mais aqui
MUNDO
Premiê da Polônia convoca Europa para enfrentar a “ameaça russa”

🗣️ Está dando o que falar. Já faz alguns dias, mas a discussão entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky permanece ecoando no cenário geopolítico global.
Antes de viajar a Londres nesse domingo para uma cúpula internacional, Donald Tusk, primeiro-ministro polonês, mandou um forte recado ao dizer que o Ocidente não pode ceder à "chantagem e agressão" da Rússia.
Ainda segundo o primeiro-ministro, a melhor forma de dissuadir Putin não é com apelos, mas com força própria. Tudo isso se baseia no comparativo Europa vs Rússia:
População europeia 3,5 vezes maior;
Economia europeia 12 vezes maior;
2,6 milhões de soldados europeus (mais do que o dobro da 🇷🇺).
Contudo, Tusk acredita que o problema estaria na falta de coordenação e ambição entre as nações, fazendo com que o continente permaneça refém da presença militar americana.
Falando nisso… Teremos uma nova ordem mundial? 📰
Enquanto a Europa tenta se reorganizar, o editorial desta segunda-feira do The Wall Street Journal trouxe uma perspectiva ainda mais impactante que repercutiu lá fora: a ideia de que Trump, Putin e Xi Jinping estariam redesenhando a geopolítica para dividir o mundo em três esferas de influência.
💭 A tese sugere que os EUA dominariam as Américas, a Rússia controlaria a Europa e a China teria o Pacífico sob sua influência.
Changing the global game? O jornal americano apontou que, além de impor tarifas pesadas a aliados — como Canadá e México —, o presidente americano tem adotado um tom mais brando com Putin e Xi, enfraquecendo os laços dos EUA com a Europa e a Ásia.
🇺🇸🇺🇦 Aliás, falando nele, ontem à noite os veículos internacionais confirmaram que Trump interrompeu toda a ajuda militar à Ucrânia por tempo indeterminado. Aprofunde aqui se quiser.
O que mais foi destaque em mundo?
BRASIL
1,3% do PIB
Esse é o custo anual da Justiça Brasileira, o 2º mais alto entre 50 países analisados pelo Tesouro Nacional, atrás apenas do El Salvador. A média global é de 0,3%.
O gasto inclui salários, infraestrutura e benefícios que, em alguns casos, ultrapassam R$ 100 mil por mês para juízes e desembargadores.
Manchetes que foram assunto aqui no Brasil:
NEGÓCIOS
Versace perto de trocar de dono — de novo

(Imagem: Lilian Pacce)
Prada 🤝 Versace. A alta-costura italiana pode ganhar um novo império. A Prada está negociando a compra da Versace por quase 1,5 bilhão de euros.
O deal pode ser fechado ainda neste mês, o que consolida um movimento que fortalece a moda italiana diante dos gigantes globais LMVH e Kering.
Vamos ao contexto: A Versace, fundada em 1978, pertence à Capri Holdings desde 2018, quando foi adquirida por 1,8 bilhão de euros.
Agora, com a Capri em dificuldades após um fracasso na fusão com a Tapestry, a marca de Donatella Versace ficou à venda de novo.
Por que importa? Se concretizada, a compra reverteria uma tendência histórica: grandes grifes italianas sendo “engolidas” por grupos estrangeiros.
A Prada, hoje avaliada em US$ 22,5 bilhões, daria um passo rumo ao patamar dos conglomerados franceses de luxo, como a LVMH, que vale US$ 362 bi.
Bottom-line: Com o anúncio da possível compra, as ações da Capri subiram 7% no mercado americano.
CONSUMO
Pedir bebida em app vai ser ainda mais comum em 2025

(Imagem: Yelp | Reprodução)
É isso que aponta um relatório do setor, que aponta que as vendas online de bebidas alcoólicas devem crescer 7% em 2025, em comparação com 2024, alcançando 7,4 bilhões de dólares.
O consumo digital já vinha crescendo, mas a pandemia acelerou esse movimento. Agora, mesmo com lojas físicas abertas, o hábito de pedir bebida pela internet continua em alta.
A relevância por trás dos números: As vendas online mais do que duplicarão entre 2019 e 2027, passando de 1,8% para 4% do total de vendas do setor.
A mudança reflete uma tendência maior de digitalização, com consumidores cada vez mais habituados à comodidade do e-commerce.
Em 2026, a projeção deve ser de uma alta de 7,7%, chegando a US$ 8,34 bilhões. Em 2027, o crescimento previsto é de 8,8%, totalizando US$ 9,08 bilhões. Já em 2028, o aumento esperado é de 9,6%, atingindo US$ 9,95 bilhões.
As vendas físicas: O ritmo será mais lento, mas em 2025, a expectativa é de um aumento de 3,3%, totalizando US$ 204 bilhões. Em 2028, o crescimento previsto é de 3,2%, atingindo US$ 226 bilhões.
ECONOMIA
Substituição? Brasileiros podem passar a trocar o café pelo suco para economizar

(Imagem: Globo | Reprodução)
O preço de um dos produtos mais amados pelos brasileiros — inclua a gente nessa — está subindo cada vez mais. Em fevereiro, o café teve uma alta de 18,78%, com o preço futuro fechando a US$ 3,94 por libra-peso.
Relembrando: Como mencionamos na semana passada, além da oferta limitada, o clima desfavorável e a seca nas regiões cafeeiras brasileiras têm impacto direto na safra 2025/26. Somente nos últimos 12 meses, o café sofreu uma valorização internacional de 112%.
Já no mercado interno, os preços também disparam, com a possibilidade de uma alta de até 30% nos próximos meses, fazendo do café moído um dos maiores responsáveis pela alta nos preços dos alimentos no Brasil.
Do café para o suquinho? 🧃
Quem está no caminho contrário é o suco de laranja, que recuou 24,25% na Bolsa de Nova York, devido à expectativa de uma safra promissora de laranja no Brasil, que deve atingir 228,5 milhões de caixas.
Outras commodities também impactam a economia brasileira:
🍬 Açúcar: Subiu 6,27% em fevereiro, com o preço médio de US$ 18,81 por libra-peso, refletindo menor produção na Índia e no Brasil.
🍫 Cacau: Caiu 7,72%, mas continua com preços elevados devido a choques climáticos no Oeste Africano.
🌾 Trigo: Alta de 5,92%, com impacto potencial na inflação de alimentos, principalmente pães e massas.
Como o Brasil não é autossuficiente em produtos como milho e trigo, essas flutuações têm grande potencial para mexer no bolso do consumidor brasileiro, afetando desde o café até itens essenciais como pães e ração animal.
PROGRAMA DE INDICAÇÃO
E falando em café…
Todo mundo já sabe, mas não custa repetir: o café fica ainda melhor na canequinha do dênius. Sem açúcar, sempre.
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