05/12/2025

papel e caneta na mão

bom dia. quando éramos crianças, dezembro começava com um ritual simples: escrever para o papai noel. hoje, talvez o bom presente seja trocar o destinatário. escreva uma carta para você de daqui um ano. pode ser um ótimo ponto de partida para o 2026.

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SEXTA-FEIRA, 05 DE DEZEMBRO
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QUICK TAKES
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NA EDIÇÃO DE HOJE

🤝 O encontro de Joesley Batista e Maduro em Caracas

🤑 Como bilionários viraram um braço informal do governo Trump

👖 Os anos 2000 voltaram às vitrines

🤖 Quer triplicar as suas vendas? Use AI em todo o processo

🇧🇷 Nosso país está envelhecendo — e trabalhando mais

🎙️ Sem tempo para ler? Ouça o podcast da edição de hoje.

🎟️ Quer impulsionar sua marca? Saiba como aparecer no the news aqui.

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BRASIL

Joesley Batista está fazendo um “freelancer” de chanceler?

(Imagem: Danilo Verpa | Folhapress)

Dono da maior produtora de carne do mundo (JBS) e uma das figuras centrais do escândalo de corrupção investigadas pela Lava Jato, Joesley Batista agora voltou ao noticiário por um fato, no mínimo, curioso.

Na última semana, ele embarcou para Caracas com um objetivo digno de filme: pedir pessoalmente a Nicolás Maduro que renuncie ao poder — poucos dias depois de Trump ameaçar uma ofensiva caso Maduro não saísse do país.

Embora não tenha sido enviado oficialmente pelos EUA, agentes americanos sabiam da viagempelo menos é isso que afirma a Bloomberg.

Mas por que Joesley?

O empresário dono de um império de +50 marcas, +300 mil funcionários e operação em +20 países ocupa um raro espaço de boa interlocução com Caracas e Washington ao mesmo tempo.

🇻🇪 A JBS tem negócios na Venezuela desde 2015 — incluindo um acordo de US$ 2 bi para fornecimento de carne e frango ao país.

🇺🇸 Nos EUA, ela tem uma produtora de frango que doou US$ 5M para o comitê de Trump em 2024. Neste ano, Joesley se encontrou com o presidente americano para tratar de carne, comércio e mediar a aproximação com Lula.

Nesse tabuleiro de alta tensão, o brasileiro tenta ser o fio que evita uma faísca maior. Não na política institucional, mas naquele espaço onde poucos transitam: o das articulações que não aparecem no Diário Oficial.

Mas há algo que poucos se perguntaram…

Por que um empresário brasileiro pegaria um avião até Caracas “de graça”? Qual seria o interesse por trás disso? Seja articulando com Washington ou Brasília, é difícil imaginar que Joesley agiu “por conta própria”. Resta saber a pedido de quem ele esteve por lá.

MUNDO

A relação “ganha-ganha” entre Trump e bilionários

(Imagem: People)

Neste ano, a política americana ganhou um novo combustível: dinheiro privado. Não do lobby tradicional, mas da própria elite bilionária, que virou um braço informal do governo Trump.

O fenômeno é simples (e poderoso). Eles pagam projetos que o Estado não quer — ou não consegue bancar — e, em troca, ganham acesso, visibilidade e influência política raras de se comprar. Exemplos não faltam…

  1. Michael Dell doou US$ 6,25 bi para criar as Trump Accounts, espécie de poupança infantil de US$ 250 que o presidente queria, mas não tinha apoio do Congresso.

  2. Timothy Mellon colocou US$ 130 milhões para manter salários de tropas militares durante o recente shutdown do governo.

  3. Grandes marcas e bilionários financiaram a posse mais cara de um presidente americano da história (US$ 245 milhões), além do novo salão de baile da Casa Branca, estimado em US$ 300 milhões.

Trump defende as ações como “patriotismo”. Críticos veem o risco: um governo que responde mais aos doadores do que ao povo.

Até porque, muitas vezes, receber essas doações significa ceder medidas como cortes de impostos e aprovação de pautas favoráveis às respectivas companhias — uma espécie de lobby informal.

No fim do dia, muitos dos bilionários americanos viraram novas figuras políticas. Sem mandato, sem voto, mas com a moeda que governa a maior potência global.

APRESENTADO POR BINANCE

Estamos em Dubai, em um dos maiores eventos financeiros do 🌎

Durante dois dias, Dubai reuniu CEOs, desenvolvedores, investidores e curiosos do mundo todo para conversas que só cabem em um evento dessa proporção: o Binance Blockchain Week.

Vozes influentes do setor financeiro falaram sobre como as criptomoedas estão sendo adotadas até mesmo pelos bancos tradicionais, e o time the news esteve lá para ouvir.

O que descobrimos em primeira mão:

  1. As criptos deixaram de ser nicho e fazem parte do portfólio de 716 milhões de pessoas.

  2. Empresas de tecnologia estão desenvolvendo AIs para comparar trades e investimentos.

  3. O uso das moedas digitais está cada vez mais acessível e elas podem ser usadas até para pagamentos no dia a dia.

E isso não está acontecendo só porque estamos em Dubai. No Brasil, já é realidade. Entenda melhor aqui e continue rolando para mais informações exclusivas.

NEGÓCIOS

O comeback dos anos 2000 chegou às planilhas do varejo

(Imagem: Mason Poole | TBWA)

Depois de ter virado trend nas redes e febre nos cinemas, agora, foi a vez do túnel do tempo abrir para as lojas. A estética dos anos 2000 voltou a liderar as escolhas da Gen Z.

Marcas tradicionalmente associadas ao começo do século tiveram algumas das maiores altas na bolsa americana nos dias após terem divulgado seus respectivos resultados do terceiro trimestre:

(Gráfico: JoeCiolli | Bussines Insider)

Mas além da nostalgia e do interesse pelos looks, o que movimentou essa tendência foi um segundo fator: as marcas decidiram transformar o passado em negócio.

O jeans, por exemplo, uma peça-símbolo da era 2000, entrou em um novo ciclo de popularidade, puxado por campanhas, artistas e um investimento pesado para trazer a Gen Z às lojas.

Zoom out: Para se ter uma ideia, o mercado global de jeans já superou US$ 100 bilhões, tendo crescido 28% desde 2020. No fim, a tendência da estética dos anos 2000 nas redes está virando resultado e faturamento para as companhias.

TECNOLOGIA

A Lu está trabalhando mais do que nunca…

Mais de 90% dos brasileiros usam o WhatsApp. Mas quando falamos nessa palavra, basicamente uma única coisa vem à cabeça… Conversas.

  • Mas pare para pensar… Conversas não monetizam. Não à toa, há alguns anos, a Meta tem expandido para o B2B e explorado tornar o WhatsApp um shopping online. Ou quase isso.

Ao que parece, a BIG TECH finalmente está encontrando o caminho das pedras. A Meta fechou uma parceria com o Magalu para tornar a Lu — o avatar mais famoso do varejo nacional — uma vendedora oficial no WhatsApp.

No primeiro mês, a ação já trouxe um marco impressionante. Com um modelo end-to-end (jornada inteira de compra no WhatsApp), a Lu no WhatsApp converteu 3x mais vendas que a Lu que fica dentro do app da varejista.

A ideia não surgiu do nada…

No ano passado, o CEO Fred Trajano e seus executivos de tecnologia passaram uma temporada no Vale do Silício conversando com empresas como OpenAI, Google e Meta para encontrar a melhor maneira de emplacar mais tech na jornada de compra.

Será que deu bom? A Meta afirma que esse virou o projeto mais avançado que viu de uso de AI no varejo dentro do WhatsApp. O voo São Paulo-São Francisco saiu barato. risos.

Looking forward: Agora, a empresa quer ver se isso reduz o atrito da compra e, principalmente, qual é o gasto com mídia necessário para levar gente até uma conversa com a Lu.

APRESENTADO POR BINANCE

Os quotes mais relevantes do evento para entender cripto hoje

Esses são os highlights dos especialistas que estiveram no Binance Blockchain Week 2025:

Wall Street planeja tokenizar todos os produtos financeiros na blockchain.

Tom Lee — Chairman Bitmine, BMNR

No futuro, tudo o que se move vai ser um robô. Cada um com carteira de criptos para fazer pagamentos por você.

Changpeng Zhao — Fundador da Binance

Educação é a chave. Para construir confiança queremos que as pessoas entendam criptomoedas.

Major Faisal Alyaqoubi — Chefe de Divisão de Ativos Virtuais do Ministério do Interior dos EAU

Bancos tradicionais que antes rejeitavam o Bitcoin como garantia agora se mostram interessados no setor.

Michael Saylor — Fundador e Chairman Executivo da Strategy

Clique aqui para descobrir outras opiniões desses grandes nomes (para além do mercado financeiro, rs).

ECONOMIA

Se aposentar cedo parece ficar cada vez mais difícil por aqui

Recentemente, uma pesquisa indicou que os brasileiros desejam “pendurar as chuteiras” até os 62 anos, com uma renda média mensal de R$ 22 mil por mês. O problema é que isso pode estar bem distante da realidade.

(Imagem: CNN Brasil)

Dados do IBGE mostram que quase 1 em cada 4 brasileiros com +60 estavam ocupados em 2024, o maior índice já registrado na história. Em números absolutos, isso significa 8,3 milhões de idosos na ativa.

A taxa de desemprego entre idosos caiu para 2,9%, bem abaixo da média geral do país (6,6%). Entre os homens de 60 a 69 anos, quase metade ainda trabalha.

Mas por que isso está acontecendo?

  1. Brasileiros estão vivendo mais: A expectativa de vida subiu para pouco mais de 76 anos, o que permite que muitos tenham saúde para se manter na ativa;

  2. Reforma da Previdência: Com exigências maiores para aposentadoria, mais pessoas permanecem no mercado para poderem se aposentar com uma remuneração melhor.

Além disso, o rendimento ajuda a explicar o cenário. Idosos ganham, em média, R$ 3.561, valor 14% acima da média nacional. Não à toa, 43% trabalham por conta própria, modelo que permite flexibilidade e renda extra.

Isso não é uma tendência exclusiva nossa… Nos EUA, americanos +75 têm o dobro de chances de estar no mercado de trabalho agora do que no início dos anos 1990. Atualmente, mais de 4% da população com mais de 80 anos ainda trabalha.

APRESENTADO POR BINANCE

Você recebeu um spoiler…

Já dissemos que estamos em Dubai e que uma nova era de pagamentos vem aí… e se você se inscrever aqui, em breve vai descobrir o que estamos usando para pagar tudo nessa viagem. 👀 Ps: dá pra usar no Brasil também.

PARA NÃO FICAR POR FORA
DICAS DO FINAL DE SEMANA

As dicas chegaram…

(Imagem: Giphy)

Como sempre, fizemos a curadoria perfeita para o final de semana para você não precisar fazer — apenas curtir. Let's go. 😎

  1. Para ler. Este livro mostra os bastidores da crise financeira de 2008, mostrando os erros, as brigas políticas e como um pequeno grupo tentou evitar uma nova Grande Depressão. 📚

  2. Para assistir. Este filme é ação com tempero de comédia. Um time de agentes precisa recrutar um ator de Hollywood para impedir que uma arma perigosa caia nas mãos erradas. 🍿

  3. Para maratonar. Esta série é o misto perfeito entre mistério e humor. Três vizinhos obcecados por true crime começam a investigar um assassinato no próprio prédio. 📺

  4. Para cozinhar. Cinnamon rolls quentinhos e fofinhos, finalizados com aquela cobertura cremosa que derrete por cima. A casa inteira fica com cheiro de padaria. 🥐

  5. Para ouvir. Essa foi uma das músicas mais escutadas do ano no Spotify Wrapped. 🎧

  6. Surpreeeeesa. Se você está lendo essa edição antes das 10h, aqui vai um extra para começar BEM o seu dia.

OPINIÃO DO LEITOR

Alguns comentários de leitores sobre a edição de ontem:

(Imparcial) “Edição show de mil bolas, parabéns. Já imaginando a galera da direita/esquerda abrindo o e-mail e pensando “do que vou reclamar hoje?” kkkk

(Esquerda) “Achei parcial à esquerda, pois não focou nas notícias da decisão do Min. Gilmar Mendes, e não há uma linha sequer sobre a absurda decisão do Dias Toffoli sobre o processo do Banco Master.”

(Direita) “Fala serio, um jornal que se diz neutro dando crédito editorial para Michelle, acorda povo qual a competência que ela tem para administrar um pais, vcs estão loucos querem entregar o Brasil na mão de pilantras que vão usar esta incopetente.”

(EXTRA) “Pvf chega de Flamengo, vidas vascaínas importam

(EXTRA/2) “Ei! Eu sou caçula e criado pela avó e não reclamo do conteúdo! Exijo retratação! rs

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