09/09/2025

9 de setembro de 2025 • Tempo de leitura: 17 minutos

maturidade

bom dia. a grandeza está em ouvir até o que não agrada — mesmo que seja doloroso. valorize quem fala a verdade: eles são os que realmente torcem pela sua melhor versão.

NA EDIÇÃO DE HOJE

👨‍⚖️ Placar do STF pode definir futuro de Bolsonaro

📉 Peso e ações argentinas caem com vitória peronista

🍽️ Alimentos ficam mais caros — e menos nutritivos

🤝 Rappi é a nova aposta da Amazon na América Latina

💰 No Brasil, super-ricos pagam metade da alíquota da classe média

🎙️ Você também pode ouvir a edição de hoje, clicando aqui.

Terça-feira, 09/09/2025 | Anuncie aqui
BRASIL

Condenação de Bolsonaro ser unânime ou não pode mudar o jogo

(Imagem: Fellipe Sampaio | STF)

A Primeira Turma do STF retoma hoje o julgamento de Bolsonaro e outros 7 acusados pela tentativa de golpe, com a expectativa de que os ministros anunciem seus votos até esta sexta-feira.

O resultado, além de definir culpa ou absolvição, será decisivo para os rumos dos recursos — sendo o placar um fator-chave para o desfecho do julgamento.

Se a condenação for unânime — 5 a 0 —, os réus só poderão recorrer por meio de embargos de declaração, recurso usado para esclarecer pontos obscuros ou contraditórios da decisão. Em regra, o resultado permanece o mesmo.

Já se o placar for apertado — 3 a 2 pela condenação —, abre-se a possibilidade para os chamados embargos infringentes, recurso que ganhou visibilidade no caso do Mensalão.

  • A defesa poderia pedir uma nova análise, prolongando a tramitação e até revertendo parte das condenações.

Caso seja condenado até o fim da semana, o ex-presidente ainda não irá para a prisão, já que a execução da pena só começa após o trânsito em julgado, ou seja, quando os recursos forem esgotados.

Zoom out: Mais do que as penas em si, o que está em jogo é o grau de consenso dentro do STF. Um 5 a 0 isolaria Bolsonaro e seus aliados, enquanto um 3 a 2 daria fôlego para uma longa batalha judicial — e, com ela, mais tempo de incerteza para o cenário político.

MUNDO

Mercados punem derrota de Milei em Buenos Aires

(Imagem: Getty Images)

O resultado das eleições legislativas em Buenos Aires provocou uma turbulência imediata nos mercados argentinos ontem.

O índice Merval, principal indicador da Bolsa argentina, despencou mais de 13%, refletindo a decepção dos investidores com a derrota do partido do presidente Milei para a oposição peronista.

A reação ainda trouxe queda de 5% no peso e de 21% nas ações de empresas argentinas listadas em Wall Street. Tudo isso às vésperas das eleições legislativas nacionais de outubro, consideradas cruciais para o governo.

Analistas apontam o escândalo de suposta corrupção envolvendo sua irmã como um dos principais fatores para a derrota em Buenos Aires.

Além disso, outro fator considerado relevante é que, embora a inflação anualizada tenha caído de mais de 200% para cerca de 36%, e o PIB esteja crescendo acima de 5% em 2025, os eleitores querem resultados mais a curto prazo.

Após o resultado, Milei prometeu uma “profunda autocrítica” e disse que vai redobrar esforços em seu modelo econômico, mantendo a disciplina cambial e monetária.

CONSUMO

O novo truque da indústria agora está na receita

Lembra da “reduflação”, quando as marcas reduziam o tamanho de uma bolacha ou barrinha de cereal, por exemplo? Bom, ela ficou no passado.

Agora, a nova moda é a “alteraflação”, que nada mais é do que as empresas mudando a fórmula de produtos como biscoitos, chocolates e laticínios para reduzir custos e proteger margens.

Um exemplo clássico é o leite condensado. Em alguns rótulos, o nome já não é mais esse — virou “mistura láctea condensada”, resultado da substituição de parte do leite por vegetais e gorduras. O preço na etiqueta, porém, segue igual.

Ainda há outros, como o iogurte sem creme ou o biscoito sem cacau. O aumento global no preço de matérias-primas é utilizado como justificativa pelas empresas, embora, na prática, os preços ainda tenham aumentado.

(Imagem: Valor Econômico)

No 1º semestre de 2025, iogurtes e bebidas lácteas subiram 4,2%, em comparação com a inflação geral de quase 3% pelo IPCA. Nos biscoitos, a alta foi ainda maior: 5,35%.

Ou seja, nem mesmo a “economia” feita pelas empresas ao trocar insumos se traduziu em alívio no bolso. No fim das contas, você está pagando mais por um produto com menor valor nutricional.

APRESENTADO POR BINANCE

Existe “tarde demais" pra tentar algo novo?

Luis tem 57 anos, passou boa parte da vida como produtor de TV e já viu de perto as marés do mercado financeiro: altos, baixos, crises e calmarias. Parece história de quem já tinha vivido tudo — até decidir tentar algo novo.

  • Quando ouviu falar de criptomoedas, achou que era território de Geração Z… Só que informação e acesso mudaram sua cabeça.

Se antes investir era quase navegar sem bússola, hoje ele conta com a Binance, a maior exchange do mundo, pra ter clareza, confiança e muita informação.

“Cripto is the new way”, diz Luis, com a calma de quem já entendeu que o futuro não tem idade limite. Assista a essa história em detalhes e imagens.

E agora fica o convite: Conte aqui sua história com cripto também. As melhores vão ganhar 100 USDT e ainda serão selecionadas para o Brasil inteiro ver.

NEGÓCIOS

Bezos agora faz entregas com a Rappi

(Imagem: ChatGPT)

A Amazon acaba de investir US$ 25 milhões na Rappi, abrindo a possibilidade de adquirir até 12% da companhia colombiana, caso as metas sejam cumpridas.

A aliança une a infraestrutura tecnológica e logística da BIG TECH à base de milhões de usuários da startup colombiana em países da América Latina.

Essa combinação também fortalece a Rappi contra seus principais concorrentes no mercado brasileiro.

  • Líder com 80% do setor de refeições, o iFood anunciou recentemente um plano de R$ 17 bilhões em investimentos até março de 2026;

  • De fora, chegam novos competidores: a chinesa Meituan, com aporte de R$ 5,6 bilhões, estreia em novembro com sua marca Keeta; enquanto a 99 relançou o 99Food com R$ 1 bilhão em investimentos.

Já para a Amazon, o acordo não se resume ao tamanho do cheque, mas sobre posicionamento estratégico.

Com a Rappi, ela ganha poder para enfrentar o Mercado Livre na América Latina e, de quebra, uma porta de entrada no mercado de delivery — setor que deve movimentar R$ 28 bi até 2029.

APRESENTADO POR TRUE

Transparência é um valor?

Quando alguém que a gente ama é transparente conosco, a gente se sente respeitado, seguro, valorizado.

Com o que você consome deveria ser igual. Na True, clean label não é só rótulo limpo: é respeito por você. É a certeza de que cada whey, vitamina ou suplemento é feito com ingredientes naturais e fórmulas claras — sem esconder nada.

🌱 Porque cuidar da saúde também é confiar no que você coloca pra dentro.

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ECONOMIA

A classe que mais paga impostos no Brasil é a…

Se você respondeu a dos super-ricos, está muito enganado. Um estudo mostrou que, em 2023, os milionários brasileiros tiveram uma alíquota efetiva média de 5,28% no Imposto de Renda.

Por outro lado, quem recebe entre R$ 19,8 mil e R$ 26,4 mil por mês pagou, em média, 11,4% — mais do que o dobro.

(Imagem: g1)

A diferença não está na alíquota oficial, mas na origem da renda. Quanto mais rico o contribuinte, maior a fatia do dinheiro que vem de lucros e dividendos — que são totalmente isentos.

Para se ter uma ideia, entre os contribuintes com ganhos acima de R$ 316 mil mensais, 71% da renda escapa do IR. Já para o trabalhador assalariado, quase tudo passa pela tesoura da Receita.

Hoje, 94% dos declarantes estão abaixo de 20 salários mínimos. Os 6% restantes ficam com quase metade da renda total do país, mas, ainda assim, conseguem pagar proporcionalmente menos.

  • Essa distorção ajuda a explicar a onda de pejotização: profissionais que abrem empresas para transformar salários tributados em rendimentos isentos.

Bottom-line: No Congresso, há duas frentes em debate: ampliar a faixa de isenção do IR para até R$ 5 mil, promessa de campanha de Lula, e criar uma alíquota mínima para as altas rendas, que incluiria a tributação de lucros e dividendos.

APRESENTADO POR SECULUS

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