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16/12/2025

o último gás
bom dia. para muitos, essa é a última semana completa de trabalho duro neste ano. hora de arregaçar as mangas e finalizar 2025 com chave de ouro.
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TERÇA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO
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QUICK TAKES
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NA EDIÇÃO DE HOJE
🚗 O Brasil transformou o medo em um mercado de R$ 3,5 bi
🇺🇸 Trump pode mudar o status da maconha nos EUA
🤝 Como a Braskem trocou de controle sem ser vendida
🎤 The Weeknd cria joint venture bilionária com sua música
🤑 O agro brasileiro se afasta do campo e vai para o Judiciário
🎙️ Sem tempo para ler? Ouça o podcast da edição de hoje.
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BRASIL
O Brasil virou fábrica de carros blindados

(Imagem: carroscomcamanzi)
Diplomata? Executivo de alto escalão? Carro blindado no Brasil deixou de ser exceção, virando item de desejo da classe média-alta brasileira. Esse mercado vive um boom por aqui, já movimentando cerca de R$ 3,5 bilhões por ano.
O país virou o maior produtor de carros blindados do mundo, fabricando 4x mais veículos do que o México, o 2° colocado.
Só em 2024, a produção cresceu 17%, chegando a 34,4 mil carros blindados — em 2025, a expectativa é superar as 40 mil unidades.
No total, já são quase 400 mil veículos blindados circulando pelas ruas brasileiras.
O combo tempo no trânsito e insegurança é o principal motivo. Nas grandes cidades, as pessoas passam quase 2h por dia dentro do carro, presas em congestionamentos — cenário que facilita assaltos e abordagens violentas.
Outro fator-chave é o preço. A blindagem mais comum, de nível III-A, teve queda de cerca de 25% na última década e hoje custa entre R$ 80 mil e R$ 100 mil, tornando-se mais “acessível” para uma fatia maior da população.
Hoje, a falta de segurança é a maior preocupação dos brasileiros. Mesmo com queda recente nos homicídios, o país concentrou mais de 20% dos assassinatos do mundo em 2022, tendo apenas 2,7% da população global.
Veja: Você teria coragem de participar de um teste de blindagem de carro?
MUNDO
Trump prepara mudança histórica na política de marijuana

(Imagem: REUTERS | Jonathan Ernst)
O presidente americano deve assinar, nos próximos dias, uma ordem executiva para reclassificar a maconha da Lista I para a Lista III da Lei de Substâncias Controladas.
Lista I) Alto potencial de abuso e “nenhum uso médico reconhecido”, como heroína.
Lista III) Onde estão substâncias como cetamina e Tylenol com codeína.
A mudança, que dá continuidade a um processo iniciado ainda no governo Biden, reconheceria oficialmente o uso medicinal da maconha, algo inédito na lei federal americana.
Na prática, isso não legaliza o uso recreativo, mas facilita pesquisas, abre espaço para maior integração ao sistema de saúde e suaviza parte da fiscalização.
A ação parece seguir a opinião pública... Pesquisas mostram que 64% dos americanos apoiam a legalização da maconha, um salto relevante frente aos 36% registrados em 2005.
Até mesmo o mercado entrou nessa história. Na sexta-feira, ações de empresas ligadas à cannabis dispararam com os rumores da ordem executiva, com muitas empresas tendo os melhores dias de negociação em anos.
O outro lado: Parte do setor teme que tratar a cannabis como medicamento traga custos de conformidade farmacêutica, exigindo padrões industriais que pequenos operadores não conseguem bancar.
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NEGÓCIOS
A engenharia financeira por trás do novo dono da Braskem

(Imagem: Luke Sharrett | Bloomberg)
A novela do controle da Braskem finalmente ganhou um capítulo decisivo, e ele ajuda a entender como grandes empresas mudam de mãos no Brasil quando dívidas entram no jogo.
Uma dose de contexto: A Braskem, petroquímica líder na produção de plásticos que faturou R$ 13 bi em 2024, passou anos paralisada por disputas societárias, desastre ambiental em Maceió e alta alavancagem.
Para se ter ideia do rombo, a empresa perdeu cerca de US$ 11 bilhões em valor de mercado desde 2017.
Foi nesse cenário que a IG4 Capital entrou no negócio. Em vez de comprar ações diretamente, a gestora optou por um caminho comum em grandes reestruturações: comprar a dívida do controlador.
A antiga controladora, Novonor (ex-Odebrecht), hoje em recuperação judicial, devia cerca de R$ 20 bilhões a bancos como Itaú, Bradesco, Santander, BB e BNDES. Essas dívidas tinham como garantia justamente as ações da Braskem.
Ao adquirir esses créditos por meio de um fundo, a IG4 passou a deter o direito econômico sobre as ações. Em termos simples: quem controla a dívida passa a controlar o destino da empresa.
Se o negócio for aprovado pelo Cade, a IG4 ficará com 50,1% do capital votante, dividindo o controle com a Petrobras. A Novonor sai do comando e fica com apenas 4%, sem poder de decisão. Seria o fim de um impasse que durou anos…
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VARIEDADES
O catálogo de The Weeknd agora vale US$ 1 bilhão

(Imagem: Pari Dukovic)
Vender o próprio catálogo virou quase um ritual de passagem para grandes artistas. Mas The Weeknd decidiu fazer diferente e mostrou que música pode ser ativo sem virar despedida.
O cantor fechou um acordo de US$ 1 bilhão com o Lyric Capital Group para criar uma joint venture — uma collab empresarial — em torno de seu catálogo. A estrutura permite dividir os ganhos com o investidor sem abrir mão do controle das músicas.
Nos últimos anos, vários artistas deram passos parecidos, ainda que por caminhos diferentes:
Queen vendeu seu catálogo à Sony por US$ 1,27 bilhão, no maior acordo do tipo já registrado.
Justin Bieber vendeu os direitos de 290 faixas por US$ 200 milhões.
Taylor Swift seguiu pela via oposta, recusou a venda dos masters e regravou seus álbuns para recuperar o controle da própria obra.
Na prática, para o artista, vender os direitos é uma estratégia de embolsar no curto prazo um dinheiro que entraria ao longo dos anos, com os plays e licenciamentos comerciais.
Para o fundo, é uma forma de alocar capital em um investimento menos suscetível a ondas do mercado e com alto potencial de rentabilizar, considerando o tamanho da fan base. O The Weeknd, por exemplo, vem de uma turnê recordista e soma cerca de 120M de ouvintes mensais no Spotify.
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APRESENTADO POR DON LUIZ
Essa é pra quem é fã de um docinho
Chocotone, rabanada, pavê… Essas sobremesas são grandes celebridades no final de ano. Mas, e se a gente te mostrar um outro candidato cremoso e delicioso?
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ECONOMIA
O agro brasileiro entrou no modo SOS
Sinal amarelo no campo. No 3º trimestre de 2025, o setor registrou 628 pedidos de recuperação judicial, um salto de 150% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse é o maior número de um trimestre desde o início da série histórica (2021). | ![]() (Imagem: Times Brasil) |
Na prática, nunca tantos produtores e empresas do agro pediram ajuda ao Judiciário para tentar reorganizar dívidas.
O motivo é uma combinação de vários fatores: endividamento acumulado, custos que não caíram na mesma velocidade das receitas e dificuldade para manter o fluxo de caixa.
🗺️ Os mais afetados têm sido pequenos e médios produtores, principalmente do Mato Grosso, Goiás e Paraná.
🌱 Já entre as empresas, o setor que puxa a fila dos pedidos de RJ é o de soja, com 156 solicitações.
Por que isso é relevante? O agro é um dos principais motores da economia brasileira, representando quase 30% do nosso PIB. Se esse ritmo continuar, o risco deixa de ser pontual e vira estrutural, expandindo para outros setores da economia.
Curiosidade: Nos últimos 10 anos, mais de 30 mil empresas brasileiras — dentre todos os setores — entraram com pedidos de recuperação judicial.
APRESENTADO POR ESPAÇOLASER
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PESQUISA DO TIME
Só 1% da população mundial tem memória fotográfica
Pelo menos é isso que dizem alguns dos testes mais famosos do mundo. Pra testar a sua, temos um desafio:
💡Clicando aqui, você irá memorizar uma imagem em 2s. Depois, responderá a algumas perguntas. No final, você vota e descobre se é bom mesmo da memória.
PARA NÃO FICAR POR FORA
Toffoli autoriza novas investigações no caso Master e dá 30 dias para a PF ouvir investigados
Moraes determina início do processo para extradição de Ramagem
Fabricante da Roomba, a iRobot, declara falência e busca aquisição
EUA assinam acordo de cooperação com Paraguai que prevê atuação de militares americanos no país
Anac publica edital do leilão do Galeão com lance mínimo de R$ 932 milhões
Trump processa BBC em US$ 5 bilhões por edição em documentário
OPINIÃO DO LEITOR
Alguns comentários de leitores sobre a edição de ontem:
(Imparcial) “Foi ótima essa edição, imparcial como aa outras e bem escrita.”
(Esquerda) “Impressionado, vcs não comentam nenhuma linha, filho do Lula , cpi , uma vergonha!!! Correios nada, querem um empréstimo 20 bi, vale 8 bi a empresa, vcs estão igual a tv Brasil, só tem esquerdista, vergonha!!!”
(Direita) “Fiquei assustadíssima da edição de hoje não citar nenhuma linha sobre as manifestações em todo o país contra a lei que prevê a redução das penas dos condenados da tentativa de golpe. Cheguei a procurar a edição de domingo a noite e não encontrei. Li toda a edição de hoje pra ter certeza. Realmente fiquei decepcionada dessa vez.”
(EXTRA) “Se o Vasco ganhar eu qr uma matéria separada pra gnt igual ao Flamengo. Deixando de lado o clubismo, a edição foi ótima e bem informativa parabéns 👏🏾”
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RODAPÉ
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