18/01/2024

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January 18, 2024 • Tempo de leitura: 19 minutes

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O que a população e a economia da China têm em comum?
MUNDO

(Imagem: Financial Times | Reprodução)

Os chineses acordaram com a divulgação de dois dos principais resultados do país: da economia e sobre a população. A julgar pelos números, não deve ter sido uma das melhores manhãs em Pequim. Vamos por partes…

Menos chineses no mundo 🇨🇳

Com a menor taxa de natalidade já registrada no país, a China fechou o ano passado com 2 milhões de pessoas a menos do que em 2022 — passando de 1,411 bilhão para 1,409 bilhão. Foi mais que o dobro de queda do ano retrasado.

  • É a primeira vez desde a década de 1960 que a população chinesa diminui por dois anos seguidos. Se continuar nesse ritmo, os chineses devem contrair para meio bilhão até o final do século.

Além da pandemia ter aumentado as mortes e diminuído os nascimentos, há um movimento crescente de chinesas que querem juntar dinheiro e aproveitar a vida sem filhos.

Também pesou na economia… 📉

Com uma população menor e mais velha, a China enfrenta falta de mão de obra — principalmente na indústria. Some isso a uma crise imobiliária, deflação e menos consumo por parte da população.

O resultado foi um crescimento de 5,2% no PIB de 2023. O número só é maior do que os 2% de 2020 e 3% de 2022, quando o país lidava com as consequências da política restritiva da “COVID zero”.

Tirando os PIBs da época da pandemia, esse foi o menor crescimento da economia chinesa desde 1990. Para se ter ideia, o gigante asiático sempre crescia dois dígitos por ano até 2011.

Por que isso importa? Maior parceira comercial do Brasil, a China investiu + US$ 1 tri em 20 mil projetos de 165 países — quase 85% do mundo. Uma economia chinesa mais fraca também significa menos investimentos e negócios com os chineses.

O que mais é importante saber sobre o mundo?

Bill e Marina trocaram ideia em Davos
BRASIL

(Imagem: World Economic Forum | Reprodução)

Num papo de meia hora, Bill Gates e Marina Silva se encontraram no Fórum Econômico Mundial. Na pauta: investimentos em projetos de preservação ambiental.

Detalhe: Quem pediu pelo encontro — que não estava programado — foi o próprio bilionário, que disse estar interessado nas iniciativas de biodiversidade do Brasil.

  • Como Lula e Haddad preferiram ficar em Brasília, quem está representando o Brasil em Davos é a ministra do Meio Ambiente.

Na conversa, o fundador da Microsoft deixou claro que quer visitar o Brasil antes de novembro de 2025, quando acontece a COP 30 no Pará — o evento da ONU para mudanças climáticas.

Já do lado da Marina, a intenção era buscar um forte investidor privado para ajudar num fundo global de financiamento para conservar florestas tropicais.

Explicando melhor: O Brasil quer liderar a criação de um fundo de US$ 250 bilhões para cerca de 80 países. Basicamente, a ideia é que países ricos e investidores privados fiquem responsáveis pelo dinheiro.

É aí que entra o Mr. Gates… O bilionário deixou a Microsoft em 2020 para se dedicar exclusivamente aos seus projetos de caridade. Hoje, a Bill & Melinda Gates Foundation é a maior entidade filantrópica privada do mundo.

Tem tudo pra dar match. O Brasil quer zerar as emissões de gases do efeito estufa até 2050, mas precisa de investimentos em preservação — o que pode chegar a R$ 3 tri em 10 anos. Para este ano, Gates já avisou que planeja investir US$ 8,6 bi em países em desenvolvimento.

O que mais é notícia por aqui?

Taylor Switft deu um empurrão na economia brasileira
NEGÓCIOS

(Ilustração: Nathan Pilla | Reprodução)

🎶 It's me, hi, I'm the solution, it's me. Em novembro, Taylor Swift fez alguns shows por aqui. Também no fim do ano passado, a economia brasileira deu um último gás e acelerou nos serviços. Coincidência? Claro que não.

  • A loirinha foi a responsável por retomar o crescimento do setor de serviços no Brasil. E quem está falando isso é o próprio IBGE — órgão responsável por esses índices.

Em agosto, setembro e outubro, a atividade econômica dos serviços caiu. Foi só Taylor pisar em solo brasileiro em novembro que o setor voltou a crescer e teve alta de 0,4% no mês.

Como ela fez isso? Pense que todo o engajamento dos swifties gera dinheiro. São bares e restaurantes com mais clientes, hotéis lotados, passagens de ônibus e avião vendidas, lojas faturando mais e fãs consumindo na região. A receita vai muito além dos ingressos.

O impacto fica ainda maior quando lembramos que o setor de serviços é o que mais pesa no valor do PIB do Brasil, com cerca de 70% de contribuição.

O nome é Swiftonomics 👱🏻‍♀️💰

A The Eras Tour entrou para o Guinness Boook como a turnê mais lucrativa da história. Os shows da Taylor ao redor do mundo geraram mais de US$ 1 bilhão — cerca de 5 bilhões de reais.

Febre mundial: O Banco Central dos EUA também mencionou a Switfmania. Por lá, os cálculos mostram que ela contribuiu ao todo com US$ 4,6 bilhões para a economia dos locais por onde passou.

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Consumo de tabaco cai no mundo inteiro
SAÚDE

(Ilustração: Allie Carl | Reprodução)

Novidade boa pra saúde. Com um declínio contínuo de fumantes no mundo inteiro, de acordo com o relatório da OMS, em 2022, o consumo de tabaco reduziu em 150 países.

Aqui no Brasil, desde 2010, esse número caiu cerca de 35% — tornando o país um dos “líderes mundiais” na redução do consumo do tabaco.

Embora as taxas estejam menores na maior parte do globo, a OMS destacou que o tabaco ainda mata 8 milhões de pessoas por ano — incluindo mais de 1 milhão de não fumantes que ficam expostos à fumaça.

Além disso, dando uma alfinetada nos gigantes do mercado, o diretor da organização disse estar “surpreso com o quão longe a indústria do tabaco irá para buscar lucros às custas de inúmeras vidas”.

E o problema custa caro 🤑

Incluindo custos médicos diretos e indiretos, no Brasil, gasta-se aproximadamente R$ 125 bilhões por ano para combater doenças relacionadas ao uso de produtos que vem do tabaco.

Pra ter uma ideia, só em 2023, foram registrados mais de 32 mil casos de câncer de traqueia, brônquios e pulmão — que têm o uso de tabaco relacionado em mais de 80% dos casos.

👀 Ainda que os “cigarros brancos” não façam mais tanto sucesso entre os jovens, o “pen-drive” está em alta: mais de 2 milhões de brasileiros consomem diariamente cigarros eletrônicos.

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Aumento no rombo das contas pega governo de surpresa 😳

ECONOMIA

Por essa, eles não esperavam. Algumas renúncias fiscais que não estão previstas no orçamento deste ano podem gerar um rombo de R$ 32 bilhões nas contas públicas.

Sem economês pra você: A desoneração nada mais é do que uma redução de impostos trabalhistas. Em vez de pagar uma taxa sobre os salários, as empresas pagam uma contribuição sobre a receita bruta.

Nas contas do ministro, essa medida causaria uma perda de R$ 12 bi ao governo. Outros R$ 16 bi de rombo seriam do programa de retomada do setor de eventos e mais R$ 4 bi de redução de impostos para pequenos municípios.

A situação já está complicada… No ano passado, o governo fechou as contas públicas com déficit de R$ 137 bilhões. Já para 2024, a ideia é terminar o ano com déficit zero.

Só que para isso, o governo vai precisar faturar mais R$ 168 bilhões. E é por isso que qualquer rombo novo — principalmente os que não estavam previstos — deixam a equipe de Lula tão preocupada.

E agora? O governo até tentou barrar a desoneração, mas a rejeição foi tanta que ela deve continuar em vigor. Agora, Haddad, Lula e outros ministros discutem uma solução para diminuir o rombo.

O que mais é importante em economia?

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