26/10/2024

o certo é

bom dia. muitas vezes, sabemos o que é certo a ser feito, mas ignoramos. talvez seja esse o maior motivo de dor de cabeça e conflitos por aí... coloque atenção nisso. no certo que você já reconhece.

BIG STORY

Lei no Reino Unido cria raio protegido para clínicas de aborto

Tema complexo ou aberração jurídica? O mês de outubro ficou marcado no Reino Unido pela implementação de um sistema que dividiu opiniões por lá e, certamente, também dividirá por aqui.

Trata-se de uma lei chamada “Safe Access” que tornou crime realizar qualquer ato a menos de 200 metros de uma clínica de aborto que possa “influenciar” uma pessoa a respeito da interrupção da gravidez.

Se parece estranho pra você, a media visa “proteger mulheres e profissionais que realizam o procedimento”, criando uma espécie de barreira territorial para expressão de crenças pessoais.

• Independente do seu lado na questão, o fato é que os países do Reino Unido acabam de criar um bloqueio inédito contra liberdade de manifestação a depender do lugar em que você está.

O College of Policing and Crown Prosecution Service — espécie de Ministério Público de lá — está publicando orientações para a polícia e promotores, para garantir que haja clareza e consistência com a aplicação da nova infração.

Instruções da lei deixam claro que, até atividades dentro de residências que sejam vistas ou ouvidas do lado de fora da zona podem ser punidas, com multas de até £10.000.

Jess Phillips, Ministra da Proteção, exaltou a entrada da lei em vigor e disse: “O direito de acessar serviços de aborto é um direito fundamental para as mulheres neste país, e ninguém deve se sentir inseguro ao buscar acessá-lo”.

Adam Smith-Connor, um veterano do sul da Inglaterra, foi multado em £9.000 por orar em silêncio próximo a uma clínica. Casos semelhantes, de pessoas orando em silêncio, foram registrados em outras partes do Reino Unido, levando à prisão de ativistas.

As zonas foram introduzidas por meio da Lei de Ordem Pública de 2023, após uma votação livre no Parlamento que recebeu apoio de todos os partidos.

Como funciona o aborto no Reino Unido?

O aborto é legal no Reino Unido desde 1967, quando a Lei do Aborto (Abortion Act) foi aprovada, tornando-se aplicável em Inglaterra, Escócia e País de Gales.

Essa legislação permitiu o aborto sob certas condições e até determinados prazos, sendo revisada posteriormente para incluir restrições e regulamentações adicionais.

A Irlanda do Norte só legalizou o aborto mais recentemente, em 2019, após uma longa disputa judicial e legislativa, aplicando leis semelhantes às do resto do Reino Unido.

Números do aborto na região:

O número de abortos no Reino Unido tem sido monitorado anualmente. Segundo dados do Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido:

• Em 2022, foram realizados aproximadamente 214 mil abortos na Inglaterra e País de Gales, o maior número já registrado até hoje;

• Desse total, cerca de 87% dos abortos ocorreram até a 10ª semana de gestação, em um esforço para que os procedimentos sejam realizados de forma precoce, o que é considerado mais seguro;

• Na Escócia, foram realizados cerca de 13 mil abortos em 2022;

• Na Irlanda do Norte, onde a legalização é mais recente, houve aproximadamente 2.500 abortos desde a aprovação da legislação em 2019 até 2022.

Tendências e motivos:

A maioria dos abortos ocorre nos primeiros três meses de gestação, e os motivos mais comuns são questões de saúde mental, socioeconômicas e de planejamento familiar.

Da primeira década da legalização até a década de 1990, o número de abortos cresceu 214% no Reino Unido. De 1990 para 2020, o aumento foi de “apenas” 25,9%.

MUNDO

Uma empresa de mídia deve se posicionar?

A semana útil acabou com um movimento relevante na política americana. Depois do The New York Times já ter assumido sua posição nas eleições apoiando Kamala, outros três grandes e tradicionais jornais também tomaram partido.

Logo pela manhã de ontem, o tradicional jornal de 223 anos, New York Post, divulgou apoio expresso ao candidato republicado, com a seguinte capa:

Ao longo do dia, outra publicação, ainda mais tradicional, o Washignton Post — owned pelo bilionário da Amazon, Jeff Bezos — decidiu fazer algo inusitado e não apoiar nenhum dos candidatos.

Como assim, inusitado? Essa é a primeira vez em 32 anos que o WP não declara apoio a um candidato democrata. Desde 1992, o jornal vinha apoiando candidatos do partido de Kamala e Biden.

• Para muitos, veja pelos comentários desse post, a indiferença de Bezos é um apoio não expresso a Donald Trump.

Pense que a tradição do jornal de emitir sua posição política às vésperas das eleições vem da década de 70. Aliás, tudo indicava que iriam fazer o mesmo neste ano — com direito a um rascunho escrito, mas Bezos vetou:

Nas palavras do jornal, "Nosso trabalho no The Washington Post é fornecer, por meio da redação, notícias imparciais para todos os americanos, além de opiniões instigantes e relatadas por nossa equipe para ajudar nossos leitores a formarem suas próprias opiniões". Leia na íntegra.

Na contramão… O The New Yorker, fundado em 1925, declarou apoio à Kamala Harris em alto e bom tom, criticando Donald Trump fortemente:

Diferentemente do Brasil, o cenário da mídia americana é mais declarado e, neste ano, diante de uma eleição histórica, a coisa parece ter ficado ainda menos velada.

Só para ter ideia, o The New York Times tem até página na Wikipédia com o histórico de apoios.

HIGHLIGHTS

Vai escalar de vez? Israel fez ataques à capital do Irã, Teerã, em retaliação aos recentes mísseis enviados pelo Irã a Israel.

TOP-1. A Nvidia superou a Apple em valor de mercado e virou oficialmente a maior empresa do mundo.

“Da roça para Harvard” Fazendo jus ao apelido de Embaixador, o Gusttavo Lima deu uma palestra para alunos de Harvard.

"Entrevista de Emprego”. Live de Marçal sabatinando Boulos chega a quase 500K pessoas simultâneas às vesperas do 2º turno; Nunes não quis ir.

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ENTRETENIMENTO

Messi 🤝 TikTok 🤝 MLS → 🏆

Você, os torcedores do Inter de Miami e fãs de Lionel Messi ao redor do mundo tiveram a oportunidade ter uma experiência única de assistir uma partida futebol, como o mundo nunca antes havia visto.

A liga de futebol estadunidense (MLS) fez a primeira transmissão via TikTok em sua história, capturando cada movimento do argentino e o resultado foi simplesmente inédito.

Durante 90 minutos, uma câmera de alta resolução acompanhou o jogador ao redor do campo e mais de 10M de pessoas assistiram ao espetáculo ao vivo pela rede social chinesa.

• Essa foi a primeira vez que o TikTok transmitiu um jogo completo focado em apenas um dos 22 jogadores, reforçando cada vez mais o potencial do entretenimento no mundo esportivo.

A MLS tem uma forte presença no TikTok, sendo que quase 70% dos seguidores estão fora dos Estados Unidos.

Ok, mas e a partida?

O Inter Miami venceu o Atlanta United por 2 a 1, com gols de Luisito Suárez e Jordi Alba. Acredite ou não, quem estava vendo pela MessiCam simplesmente não viu o exato momento dos gols.

Um ano depois, a aposta da MLS em Messi é vencedora. A liga registrou recorde de público e crescimento em 2024, com públicos próximos de Brasileirão (70 mil pessoas).

• Ele também aumentou o valor da franquia do Inter Miami para mais de US$ 1 bilhão, colocando-o em 17º lugar no mundo e à frente de muitos times nas principais categorias da Europa. Nada mal para um clube que jogou sua primeira partida oficial da liga em 2020.

O feito acontece na mesma semana que o craque e o contor Bad Bunny lançaram um novo modelo do queridinho Samba para Adidas. Messi já tem seu próprio perfume e até seu próprio brinquedo — o Capitão Messi.

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TECNOLOGIA

O Google vai deixar sua marca na AI

Seria o fim do Chat-TCC? O Google diz que sim. Pensando em combater a desinformação e garantir transparência, a empresa lançou uma tecnologia que adiciona marcas d'água invisíveis em conteúdos produzidos com AI, a SynthID Text.

Contexto: O Google já tinha lançado essa mesma ferramenta, mas voltada para imagens e vídeos. Agora, usando a mesma lógica, ela vai deixar marcas detectáveis apenas por computadores entre caracteres.

Why does it matter? Desde o lançamento do ChatGPT em 2022, muita gente vem usando respostas de inteligência artificial como conteúdo autoral, sem identificar que foi feito com a ajudinha da tecnologia.

No mundo todo, estima-se que 90% do conteúdo online pode ser artificial até 2026. Essa tendência tem gerado novos desafios, principalmente em relação a fake news e golpes. Tanto que a China já obriga a marca d'água em todo conteúdo de AI.

Não é à toa que o Google pretende continuar investindo pesado nas melhorias, correções de erros e atualizações dessa ferramenta.

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