27/11/2025

dia de ação de graças

bom dia. o feriado pode até ser dos americanos, mas o gesto também é nosso. que tal mandar uma mensagem para alguém dizendo o quanto você é grato por ela? agradecer é uma das poucas moedas que nunca desvaloriza.

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QUINTA-FEIRA, 27 DE NOVEMBRO
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QUICK TAKES

Abre aspas: Se o pobre consumir mais, o rico ficará mais rico” — Lula, em evento que sancionou a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil

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NA EDIÇÃO DE HOJE

🚃 Depois de 100 anos apostando em carros, o Brasil tenta voltar aos trilhos

🤖 A BIG TECH que pode virar a nova sombra da Nvidia

🏨 O boom dos prédios para Airbnb está acabando?

💄 O soft power coreano agora vem em sérum e máscara facial

💰 Empresas correm para distribuir dividendos antes da conta chegar

🎙️ Sem tempo para ler? Ouça o podcast da edição de hoje.

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BRASIL

Os trens brasileiros estão voltando a andar nos trilhos…

(Foto: Gabriel Lordello)

O governo lançou um plano nacional para tentar destravar a expansão e desenvolver a malha ferroviária brasileira. A ideia é somar investimentos de R$ 140 bi do setor público e do setor privado — podendo chegar até R$ 600 bi.

Por que isso importa: Além de não ter malhas ferroviárias suficientes, o Brasil contém quase 30 mil km de trilhos que não consegue utilizar da forma adequada, principalmente por falta de integração entre eles e sucateamento da infraestrutura.

Isso é um problema porque os trens são uma das melhores opções para fretes de média e longa distância. É o caso de soja, milho, minério de ferro e diversas outras commodities — cruciais para a nossa economia.

Mas por que não utilizamos ferrovias?

No século XIX, o Brasil exportava toneladas de café, utilizando trens para levar esse produto até os portos. Porém, a Crise de 29 fez despencar a demanda dos EUA — um dos maiores importadores na época —, o que impactou no uso das ferrovias.

Além disso, a industrialização, a urbanização e o governo de Juscelino Kubitschek também favoreceram a utilização de carros. Durante o período em que o JK governou, a distância de rodovias federais pavimentadas multiplicou por 3.

O objetivo do novo projeto

Agora, o governo está buscando um modelo de transporte mais eficiente, que modernize a logística nacional. Na prática, é o Estado tentando aproveitar um meio de transporte que está tendo boa parte do seu potencial deixada de lado há bastante tempo.

💵 Gosta das histórias de economia? Achamos algo que você pode gostar.

TECNOLOGIA

Meta🤝Google: O acordo que pode mexer no trono da Nvidia

(Imagem: USA Today)

Um dos acordos mais relevantes do ano no mercado de AI está prestes a sair. A Meta negocia gastar bilhões para usar os chips do Google em seus data centers a partir de 2027 — e talvez no Google Cloud já no próximo ano.

Se o deal acontecer, o Google passará a atender uma das maiores consumidoras de hardware de inteligência artificial do planeta. Só em 2025, a Meta deve investir US$ 72 bilhões nesse setor.

O ponto-chave: Hoje, o trono da computação de AI pertence à Nvidia. Com o acordo, o Google — que já fechou fornecimento de até 1 milhão de chips para a Anthropic — passa a ser uma espécie de “sombra” para a atual empresa mais valiosa do mundo.

Executivos do Google Cloud projetam que a adoção dos chips por novos clientes pode garantir uma participação relevante no segmento, chegando a até 10% da receita anual da Nvidia (US$ 130 bi).

Wall Street já está visualizando isso…

As ações da BIG TECH subiram 4% após as conversas com a Meta virem a público, enquanto as da Nvidia tiveram queda de 3% desde então. Sem falar que o Sr. Buffett vendeu ações NVDA e comprou GOOG...

(Imagem: Bloomberg)

Ao que parece, o Google, que foi visto como “lanterna" na corrida da AI por bastante tempo, está virando o jogo. Com a boa repercussão do Gemini 3, do Nano Banana Pro e agora até de seus chips, parte do mercado já coloca ele como o líder nessa corrida.

Não à toa, a BIG TECH tem visto suas ações subirem quase 70% neste ano, batendo quase na casa dos US$ 4 tri de valuation.

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NEGÓCIOS

A febre dos prédios-Airbnb esfriou em SP

(Imagem: Karime Xavier | Folhapress)

Por alguns anos, São Paulo viu uma explosão de prédios criados especialmente para hospedagem — unidades pensadas para virar Airbnb.

Mas essa onda dos “Não Residenciais” pode estar passando… Desde 2020, a cidade lançou mais de 3 mil desses apartamentos por ano. Mas, agora, em 2025, foram apenas 540.

O que mudou? Não tem segredo. O “atalho” que fazia esses projetos valerem a pena acabou. Até 2024, as construtoras tinham um benefício que deixava a obra mais barata: não precisavam pagar pela área extra construída.

🤑 Explicando: Toda obra tem um limite de tamanho definido pela prefeitura. Quando a construtora quer ultrapassar esse limite, ela paga uma taxa — a famosa outorga. Para os NRs, esse pagamento era dispensado, resultando em um prédio mais lucrativo.

Além disso, vieram os juros. Com a Selic perto de 15%, o financiamento de um estúdio ficou bem mais caro — e o investidor que era o principal comprador desse tipo de unidade desapareceu. Parcela mais alta, aluguel igual… A conta deixou de fechar.

Curiosidade: Apesar do modelo de prédios voltados para NRs ter perdido força, a demanda por aluguel de temporada continua alta. Só no Brasil, o Airbnb tem mais de 619 mil imóveis ativos.

MUNDO

A capital mundial do skincare

(Imagem: Sean Pavone | Reprodução)

Quando um país quer ganhar influência global, ele costuma usar armas clássicas, como tecnologia ou defesa. A Coreia do Sul decidiu incluir um item inusitado nessa lista: o skincare.

Assim como fez com k-pop e doramas, o governo passou a promover a k-beauty em feiras e eventos — com seus produtos famosos por essências leves e fórmulas únicas.

O efeito aparece no fluxo de gente: Dermatologistas brasileiros estão viajando até Seul para entender as técnicas locais. Enquanto isso, visitantes já tratam as lojas de cosméticos como ponto turístico obrigatório.

  • Só em 2024, o país recebeu 1,7 milhão de pacientes estrangeiros, um salto de 93% em um ano.

Zoom out: O mercado de beleza e cuidados pessoais da Coreia deve atingir US$ 19 bi até 2030, consolidando o país como potência global do skincare.

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ECONOMIA

A virada do ano ganhou um novo (e amargo) sentido para as empresas

(Imagem: Sam Jayne | Axios)

As companhias brasileiras estão pisando no acelerador para pagar dividendos antes que você se vista de branco e estoure o espumante. Não por generosidade, mas por estratégia.

Com a nova lei de tributação aprovada pelo Congresso e sancionada pelo Lula ontem, dividendos passam a ter alíquota de 10% a partir de janeiro de 2026 — após quase três décadas isentos.

  • Com isso, pelo menos 6 companhias já aprovaram pagamentos antecipados. Muitas outras devem seguir o mesmo caminho.

A lógica é aproveitar a brecha que permite que dividendos aprovados até 31 de dezembro de 2025 sigam livres de taxas — mesmo se forem pagos em 2026, 2027 ou 2028.

Daí começa o efeito dominó…

Empresas com caixa robusto correm para liberar seus saldos de lucro acumulados — estimados em US$ 45 bilhões (cerca de R$ 240 bi).

Já companhias que não têm dinheiro disponível estão recorrendo a caminhos menos óbvios: empréstimos bancários e até emissão de ações só para garantir a antecipação dos dividendos.

Mas essa corrida tem efeitos colaterais... O Itaú prevê que toda essa antecipação pode gerar saída de até US$ 35 bi do Brasil — bem mais que a média anual de US$ 15 bi —, já que boa parte desses dividendos vai para investidores estrangeiros.

Pense que isso é dinheiro que poderia ser reinvestido na operação das empresas em vez de já ser tirado como lucro. Fora isso, o movimento de saída de capital em massa pode pressionar o câmbio, valorizando o dólar frente ao real.

EXTRA

Mais de 2M de brasileiros começam o dia como você…

Ou seja, lendo (ou ouvindo) o the news.

Entre esses 2 milhões, tem decisores, criadores, consumidores. Gente que define tendências, orçamentos e próximos passos. Se eles estão aqui, sua marca também deveria estar.

No mesmo lugar, na mesma hora e no primeiro compromisso do dia. Descubra aqui como trazer sua marca para cá.

PARA NÃO FICAR POR FORA
OPINIÃO DO LEITOR

Alguns comentários de leitores sobre a edição de ontem:

(Imparcial) “Notícias excelentes. Quem acha parcial é por que está com a cabeça enviesada para o político de estimação! TheNews, continuem com seu excelente trabalho!”

(Esquerda) “Sempre tapando a sujeira da esquerda com uma noticia inédita de "bolsonaro".. francamente, esqueçam bolsonaro e deem ênfase em noticias que realmente vão ajudar a população, SAIAM DA BOLHA mostrem as dificuldades do brasileiro e os escândalos praticados pelo governo (de qualquer lado politico). Temos que nos unir.”

(Direita) “A matéria é sobre a prisão do Bolsonaro, ninguém estava falando de Lula, mas fazem questão de inserir “Lula também ficou preso” no meio do texto. Isso não é contextualização, é tentativa de criar falsa equivalência. Fica bem evidente a parcialidade.”

(EXTRA) “Muitas notícias políticas extremamente relevantes que são deixadas de lado pela grande mídia e aparentemente pelo The News também

(EXTRA/2) “hoje foi real MUITOOO bom!!!! Achei a variedade de notícias interessantíssima. arrasaram!”

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RODAPÉ

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