SUNDAY'S EDITION (05/10)

Bom dia! Hoje é o primeiro domingo de outubro e, nessa mesma data, no ano que vem, você estará se preparando para eleger o próximo presidente do país.

Certamente, muita coisa irá acontecer até lá — razão pela qual você pode ler sua edição tranquilo, com um café sem açúcar ao lado.

BIG STORY
Vamos precisar de tratamento?

Seja no trabalho, na família ou entre o grupo de amigos, você deve conhecer alguém que simplesmente resolveu se desligar das redes sociais e dos smartphones.

Somos quinto país no ranking que mede o tempo de uso de smartphones, perdendo apenas para Indonésia, Tailândia, Argentina e Arábia Saudita. Aliás, a estimativa é que você toque no seu celular mais de 2.000 vezes por dia.

Se não consegue responder de cabeça, procure em seu celular o relatório de uso, para ver se seu tempo de tela é maior ou menor que a média brasileira: 5 horas e 32 minutos.

Em média, uma pessoa checa seu celular pelo menos 58 vezes ao dia. Grandes pesquisas relatam que mais de 57% já admitem uso problemático do telefone e 89% verificam o telefone em até 10 minutos após acordar.

Há alguns anos, o celular deixou de ser apenas para fazer ligações, se tornando quase que uma extensão do corpo humano — do banheiro até a mesa de jantar.

O motivo pelo qual você usa cada vez mais é biológico

Cada notificação, curtida ou mensagem nova aciona o seu sistema de dopamina — o mesmo neurotransmissor envolvido em qualquer atividade que te dê prazer.

Ao abrir o seu feed e ver algo estimulante — como uma foto de biquíni ou qualquer outra coisa — ou uma notificação de alguém que você gosta no WhatsApp, há uma chuva de dopamina em sua mente.

Como o corpo humano é uma máquina que odeia excessos, ele sempre tenta voltar ao equilíbrio. Logo, se há estímulo demais, ele se adapta para não “explodir” o sistema:

  1. Os receptores de dopamina começam a diminuir em número ou sensibilidade — como uma tomada que perde a força;

  2. Como resultado, você precisa de mais estímulo para sentir o mesmo prazer.

Essa adaptação é chamada de downregulation: o cérebro “baixa o volume” para se proteger do excesso. Não é que ele produza menos dopamina, mas sim que reage menos à dopamina que recebe.

Na prática, por mais duro que pareça, seu corpo é vítima do mesmíssimo mecanismo que ocorre com a cocaína — literalmente, o mesmo princípio biológico.

Os dados confirmam isso: Restringir o uso do smartphone por 72 horas alterou a atividade cerebral em regiões ligadas a recompensa e autocontrole — efeito comparável ao de abstinência (Science Alert, March 2025).

A Deloitte concluiu que quase 40% dos jovens adultos já tentaram diminuir seu tempo de tela voluntariamente. Termos como detox digital e dumb phone cresceram nas buscas de Google Trends, mas nada se compara ao que você vai ver agora.

Conheça o Brick — o Nicorette dos smartphones

Esse dispositivo, cujo nome em tradução é tijolo, promete resolver o vício dos smartphones de maneira mais eficiente que todos os aplicativos existentes.

Funciona assim: você instala o app, escolhe quais aplicativos quer bloquear e, ao encostar o celular no Brick (que usa tecnologia NFC), o telefone entra automaticamente em modo de bloqueio, impedindo o acesso aos apps selecionados.

  • Para desbloquear, é preciso encostar novamente no Brick físico — o que cria uma barreira real contra o uso impulsivo.

Sendo assim, se você deixa o dispositivo em casa e sai com seu celular para o trabalho, você só poderá usar os aplicativos bloqueados quando voltar. O produto é vendido por US$ 60 dólares e funciona com boa parte dos aparelhos modernos.

Mudando TOTALMENTE de assunto

Ontem, o maior youtuber do mundo postou um vídeo pra lá de interessante. Gravado em seu quarto no dia 04/10/2015 e programado para ser publicado 10 anos depois, o então garoto Mr. Beast mandava um recado para o seu “eu” de hoje.

Na época, com apenas 8 mil seguidores, o rapaz diz que ele adoraria ter 1M de inscritos em seu canal e viver de YouTube.

Hoje, ele tem 440 milhões de inscritos e seu patrimônio é de mais de US$ 1 bilhão de dólares.

Percebeu como é possível encontrar dopamina lendo um texto? Foi essa a intenção dessa mudança de rota na matéria repentina. Que sirva de motivação para você buscar outras fontes de prazer fora das redes sociais e do seu celular.

MANCHETES DO DIA
CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Plásticos: Revisão da NYU aponta que exposição precoce a compostos como ftalatos e bisfenóis pode aumentar risco de obesidade, infertilidade, asma e doenças cardiovasculares. Custos de saúde atribuídos ao problema chegam a US$ 250 bilhões por ano só nos EUA. Aprofunde.

Vai uma fruta aí? Estudo com 200 mil pessoas mostrou que mulheres que consomem quatro porções de frutas por dia sofrem menos perda de função pulmonar causada por partículas nocivas do ar. Antioxidantes e compostos anti-inflamatórios parecem explicar o efeito protetor. Go Deeper.

→ OpenAI lança Sora 2 e aplicativo para competir com o Tiktok. Descubra.

→ Até 1 em cada 5 usuários de Ozempic, Wegovy e Mounjaro relata mudanças no paladar, com alimentos parecendo mais doces ou salgados. O efeito pode ajudar a reduzir o apetite e acelerar a saciedade, segundo estudo europeu com mais de 400 pacientes. Saiba mais.

APRESENTADO POR BINANCE
Binance lança “cartão mágico” que converte cripto em real

A partir de agora, em qualquer estabelecimento que aceite a bandeira Mastercard, você pode pagar suas compras usando criptomoedas e…o vendedor receberá em reais.

Como assim? Funciona tão simples quanto o Pix: você seleciona a cripto da sua carteira Binance e o valor é convertido automaticamente em moeda local.

Na prática, a cripto agora chega no cotidiano: deixa de ser só um investimento e se torna moeda para pedir comida, abastecer o carro, viajar e até dividir a conta no bar.

  • Parece mágica? Aqui você entende como usar suas criptos em qualquer lugar do Brasil, e do mundo, com até 2% de cashback.

*Confira todos os detalhes. Não invista antes de entender as informações essenciais da oferta.

EDITORIAL
Parabéns, você ganhou um novo sócio

Ele não entrou com capital, não ajudou na gestão, não correu riscos e não gerou empregos. Mas quer 10% do que você lucrou — além de tudo o que já vinha levando antes.

O nome dele? Estado brasileiro.

Um sócio que já ficava com: 40% do que você pagava na nota de produto, 20% sobre cada salário, cobra impostos sobre luz, água, internet, sistemas, máquinas.

As mudanças aprovadas por unanimidade na Câmara podem até parecer “justiça fiscal”, porque, em um primeiro momento, beneficiam 15 milhões de brasileiros que ganham até R$ 7.500.

Mas a verdade é que, no longo prazo, todos vamos perder. Se trata apenas de mais um capítulo do velho manual da arrecadação preguiçosa: ao invés de cortar gastos, o governo prefere espremer a população.

Esse não é o primeiro aumento de impostos do governo. É só lembrar da taxação do IOF. O Brasil tem batido recordes de arrecadação. Nunca entrou tanto dinheiro nos cofres públicos como nos últimos 3 anos.

Mesmo assim, tal como aquele seu amigo descontrolado financeiramente, o Brasil consegue — quase de maneira inexplicável — gastar mais do que ganha: R$ 1,616 trilhão em despesas contra R$ 1,27 trilhão de receitas.

Para ficar ainda mais claro: Ganhamos bem, mas gastamos como se fôssemos herdeiros — e culpamos um terceiro (mercado e empresas) toda vez que o dinheiro acaba.

Esse é o grande problema, pois assim como a gula de gastos um endividado não tem fim, não há recursos infinitos para essa comilança e uma hora essa conta vai chegar.

Taxar dividendos é optar pelo caminho mais fácil, que pode sim maquiar o curto prazo. É pedir a Coca-Zero junto com o Big Mac, tortinha de maçã e McFlurry de Trento, treinando fofo 1x por semana.

Mesmo que o refrigerante seja zero, mantenha essa combinação por alguns anos e seu percentual de gordura será quase do tamanho da nossa dívida pública frente ao PIB: 76,6%.

Não acredita? Então é só se lembrar que o Brasil já tem a maior carga tributária do mundo, nenhum prêmio Nobel, quase 10 milhões de analfabetos e 46% da população sem escolaridade básica completa.

“O problema são os ricos! Tem que tirar deles e dar para os pobres!” Desde quando uma coisa excluí a outra? A produção de riqueza não é um jogo de soma zero, é abundante.

Mas é claro que eles querem que você acredite que taxar uma minoria vai resolver, criando um inimigo imaginário perfeito chamado empresário, quando o vilão mesmo está pedindo seus votos a cada 4 anos e ganhando auxílio paletó.

Porque é mais fácil aumentar a arrecadação do que diminuir o próprio desperdício. Mais fácil mirar o grande que lucra do que analisar gasto por gasto da planilha.

Não se trata de proteger os mais pobres, como querem fazer parecer. Trata-se de tratar o lucro como se fosse um erro moral a ser corrigido — e não o resultado de um trabalho bem feito.

Por definição, o dividendo (lucro) é aquilo que sobra depois que um empresário paga todas as contas mais os impostos, ou seja, querem que quem mais produz pague duas vezes.

No fim do dia, um país que premia a ineficiência e pune o mérito não quer mesmo prosperar no coletivo.

Mas o pior que a medida em si é a mentalidade fracassada por trás: desigualdade se corrige com punição e não com incentivo.

Novamente, o problema não é ajudar os que ganham menos. É punir quem ganha mais.

É como tirar parte do salário dos melhores funcionários da empresa esperando que o resultado melhore. Até o mais idiota pensa em pedir demissão.

Então a pergunta não é “quem vai pagar a conta”.

A pergunta é: quem ainda vai topar abrir conta por aqui?

Ele não entrou com capital, não ajudou na gestão, não correu riscos e não gerou empregos. Mas quer 10% do que você lucrou — além de tudo o que já vinha levando antes.

O nome dele? Estado brasileiro.

Um sócio que já ficava com: 40% do que você pagava na nota de produto, 20% sobre cada salário, cobra impostos sobre luz, água, internet, sistemas, máquinas.

As mudanças aprovadas por unanimidade na Câmara podem até parecer “justiça fiscal”, porque, em um primeiro momento, beneficiam 15 milhões de brasileiros que ganham até R$ 7.500.

Mas a verdade é que, no longo prazo, é só mais um capítulo do velho manual da arrecadação preguiçosa: ao invés de cortar gastos, o governo prefere espremer a população.

Afinal, esse não é o primeiro aumento de impostos do governo. É só lembrar da taxação do IOF. O Brasil já tem batido recordes de arrecadação. Nunca houve tanta entrada de dinheiro nos cofres públicos como nos últimos 3 anos.

Mesmo assim, tal como aquele seu amigo descontrolado financeiramente, o Brasil consegue — quase de maneira inexplicável — gastar mais do que ganha: R$ 1,616 trilhão em despesas contra R$ 1,27 trilhão de receita.

Esse é o grande problema, pois, assim como a gula de gastos de um endividado não tem fim, não há recursos infinitos para essa comilança e uma hora essa conta vai chegar.

Taxar dividendos é optar pelo caminho mais fácil, que pode sim maquiar o curto prazo. É pedir a Coca-Zero junto com o Big Mac, Tortinha de Maçã e McFlurry de Trento, treinando fofo 1x por semana.

Mesmo que o refrigerante seja zero, mantenha essa combinação por alguns anos e seu percentual de gordura será quase do tamanho da nossa dívida pública frente ao PIB: 76,6%.

Não acredita? Então é só se lembrar que o Brasil já tem a maior carga tributária do mundo, nenhum prêmio Nobel, quase 10 milhões de analfabetos e 46% da população sem escolaridade básica completa.

“O problema são os ricos! Precisamos tirar deles e dar para os pobres!” Desde quando uma coisa exclui a outra? A produção de riqueza não é um jogo de soma zero, é abundante.

Mas é claro que eles querem que você acredite que taxar uma minoria vai resolver, criando um inimigo imaginário perfeito chamado empresário, quando o vilão mesmo está pedindo seus votos a cada 4 anos e ganhando auxílio paletó.

Porque é mais fácil aumentar a arrecadação do que diminuir o próprio desperdício. Mais fácil mirar o grande que lucra do que analisar gasto por gasto diariamente.

Por definição, o dividendo (lucro) é aquilo que sobra depois que um empresário paga todas as contas mais os impostos, ou seja, querem que quem mais produz pague duas vezes.

Portanto, não se trata de proteger os mais pobres, como querem fazer parecer. Trata-se de tratar o lucro como se fosse um erro moral a ser corrigido.

No fim do dia, um país que premia a ineficiência e pune o mérito não quer mesmo prosperar no coletivo.

Mas o pior que a medida em si é a mentalidade fracassada por trás: desigualdade se corrige com punição e não com incentivo.

Novamente, o problema não é ajudar os que ganham menos. O problema é punir quem ganha mais.

É como tirar parte do salário dos melhores funcionários de uma empresa esperando que o resultado dela melhore. Até o mais idiota sabe que isso não vai funcionar.

Então a pergunta não é “quem vai pagar a conta”.

A pergunta é: quem ainda vai topar abrir conta por aqui?

Todo domingo, uma carta aberta sobre o assunto que mais movimentou o país ao longo da semana.

ESPORTE

(Imagem: Estadão | Reprodução)

Por aqui, a 27ª rodada do Brasileirão já teve 4 jogos que movimentaram a tabela:

  • O Fluminense dominou o Atlético-MG e venceu por 3 a 0, se aproximando do G-6 e aprofundando a crise do Galo.

  • O Inter venceu o Botafogo em casa, aproveitando erros do adversário, e conquistou uma vitória importante para se afastar da zona de rebaixamento.

  • O Red Bull Bragantino venceu o Grêmio em um jogo com arbitragem polêmica e gol de pênalti marcado no último lance.

  • O Corinthians venceu o Mirassol por 3 a 0.

No futebol internacional, o Real venceu o Villarreal por 3 a 1, com brilho de Vini Jr e suposto affair na torcida. O Chelsea venceu o Liverpool por 2 a 1, com gol decisivo de Estêvão nos acréscimos.

Na Fórmula 1: George Russell, da Mercedes, surpreendeu e conquistou a pole position para o GP de hoje em Singapura.

CURIOSIDADE DO DIA POR CAFFEINE ARMY
Quantos dias são necessários para formar um novo hábito?

Responda aqui e descubra 👀

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Surpreso? É o que consta em um novo estudo. Claro, cada um tem seu tempo, mas todos nós precisamos de repetição para criar hábitos.

Se constância é um desafio pra você, uma saída é implementar rituais: desde quando acorda, até a hora de dormir. Pode parecer nebuloso, mas se você seguir esse perfil agora, amanhã irá saber mais sobre um jeito novo de manter a disciplina.

👉🏻 Acompanhe a Caffeine Army e entenda a ciência por trás dos hábitos.

TO CLICK

Você já reparou que quando falamos da pessoa mais velha do mundo, normalmente é uma mulher? Esse artigo explica porque as mulheres vivem mais tempo.

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📚 Você já se pegou lendo uma tese filosófica sem entender muito bem como acompanhar o raciocínio? Esse ensaio destrincha como podemos entender melhor os filósofos — e podemos até discordar deles.

🕒 Esse estudo revela que ser organizado e ativo pode ser um fator preditivo de uma vida mais longa.

TO EAT

Tem coisa mais charmosa do que um doce que derrete na boca? O suspiro é assim: simples, rápido e com aquele ar de nostalgia que lembra festa de família ou balcão de padaria.

Ingredientes

  • 5 claras de ovo

  • 4 xícaras de açúcar

  • Raspas da casca de 1 limão

Preparo

  1. Bata as claras em neve.

  2. Acrescente o açúcar aos poucos.

  3. Misture as raspas de limão.

  4. Modele em papel-manteiga.

  5. Forno a 100 °C por 10 a 15 min.

👉 Dica: mergulhe no chocolate derretido para deixar ainda mais crocante.

CLASSIFICADOS

achadinhos da equipe the news

UMA MESA

Ou várias, risos. Esse fotógrafo bateu nas portas das maiores companhias da Europa nos anos 90 e pediu pra fotografar suas mesas de reunião. Aqui você confere os resultados.

UM HACK

Aqui você descobre como reduzir sua conta de energia e ainda concorrer a 1 milhão de milhas LATAM Pass e R$10 mil em tecnologia.

UMA HISTÓRIA

Tamara Klink foi a primeira brasileira a invernar no Ártico, onde passou 8 meses sozinha. Aos 26 anos, transformou a experiência em livro. “Navegar é sempre recomeçar.”

TO WATCH & TO READ

Se você chegou até aqui procurando uma série nova pra dar o play, achou: Paradise.

A série, que exibiu o último episódio da primeira temporada essa semana, faz uma provocação bem interessante sobre o futuro da humanidade.

Nosso time assistiu e gostou. É surpreendente.

Se vale o hype, é você quem vai dizer. Nosso time não leu, mas é um dos lançamentos mais comentados do momento.

Pela descrição, o autor faz um mergulho no mundo das elites brasileiras e destrincha os diferentes tipos de ricos do Brasil. A capa é bem feita.

RODAPÉ
SUNDAY'S (the news)

A edição de domingo do seu jornal favorito. Nunca seja chato ou desinteressante — ainda mais no almoço de família. Com essa leitura, você terá sempre algo a acrescentar no almoço de logo mais.

  • Sentiu falta do termômetro? É proposital. Domingo vai ser sempre diferente dos dias comuns da semana.

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Bom domingo e até amanhã!