- the news
- Posts
- SUNDAY'S EDITION (09/11)
SUNDAY'S EDITION (09/11)

Bom dia! Quando pensamos na edição de domingo, a ideia era que ela fosse um ritual. Acordar, preparar o café, abrir o e-mail e ler com calma — sem pressa, sem notificações.
No fim das contas, todo domingo tem o seu próprio ritmo. Tem quem acorde cedo pra não fazer nada. Tem quem já comece a preparar o churrasco da família.
E tem até, quem ligue a TV pra ver carros correndo em círculos.
BIG STORY
O esporte nascido na Europa que conquistou as pistas e o público brasileiro

(Imagem: Getty Images)
Em quase qualquer lugar do mundo, quando alguém pensa no Brasil, pensa em esporte. Pelé, Marta, Guga, Senna — o país sempre teve talento pra competir.
O esporte sempre foi mais do que passatempo por aqui. É o que move as pessoas, enche estádio, vira conversa e, de um jeito ou de outro, explica quem a gente é.
O futebol sempre esteve na frente, claro. Mas, escondida entre as manhãs de domingo, uma outra paixão também cresceu: a Fórmula 1.
Um esporte que nasceu longe, nas pistas europeias, e acabou encontrando no Brasil um público que vibra do mesmo jeito.
Mas o que fez o país começar a assistir carros correndo em círculos?
O Brasil não inventou a Fórmula 1, mas ajudou a ‘’transformar’’ ela.
Nos anos 1970, enquanto o país ainda vivia o eco do tri da Seleção, um paulista de 25 anos começava a correr em circuitos europeus com nomes impronunciáveis.
Em 1972, Emerson Fittipaldi se tornou o primeiro campeão mundial brasileiro e o mais jovem da história da categoria — marcando o início de uma relação que mudaria o lugar do Brasil dentro do automobilismo.
E como bons torcedores, independentemente do esporte, quando a Fórmula 1 chegou o país em 73, já éramos muitos nas arquibancadas, de olho nos brasileiros.
A partir daí, a categoria passou a ser um ritual, e o GP de Interlagos um evento anual.
Depois de Fittipaldi, Nelson Piquet apareceu no fim da década de 70 e começou a colocar o Brasil entre os favoritos. Foi tricampeão, em 1981, 83 e 87, num período em que o esporte começava a ganhar mais atenção da imprensa e das marcas. | ![]() (Imagem: Icon Sport/ND) |
Pouco depois, quando veio Ayrton Senna, as transmissões já estavam mais estruturadas e a audiência crescia.
![]() (Imagem: Divulgação) | Senna venceu três campeonatos — 1988, 1990 e 1991 — e levou o Brasil para o centro do noticiário esportivo internacional. Mas o impacto dele foi além das pistas. O jeito de correr, as entrevistas, o capacete amarelo e o hino tocando no pódio criaram uma imagem que ultrapassava o esporte. Ele virou uma figura histórica. Estava em campanhas publicitárias, jornais e programas de TV — e, pela primeira vez, um piloto de Fórmula 1 era reconhecido até por quem nunca tinha visto uma corrida. |
O domingo virou sagrado
Na época, com as transmissões acontecendo na Globo na voz de Galvão Bueno, era difícil não pensar no domingo sem pensar nas corridas.
O ritual do domingo de manhã era assistir Fórmula 1, as vezes mesmo sem entender de carro, mas sim porque tinha um brasileiro disputando.
Transmissões históricas ficaram na memória de milhões de brasileiros. A vitória de Senna em Interlagos, em 1991, por exemplo, é uma delas:

(Imagem: Rede Globo)
Anos depois, outro momento marcou o autódromo — dessa vez com Felipe Massa. Em 2008, o brasileiro chegou a ser campeão mundial por alguns segundos. Venceu em Interlagos, mas perdeu o título quando Lewis Hamilton ultrapassou Timo Glock na última curva. | ![]() (Imagem: Rede Globo) |
O espetáculo e o negócio
Mesmo depois do fim da geração de pilotos brasileiros — com Massa se despedindo da F1 em 2017 —, o interesse do público nunca desapareceu.
Interlagos continuou lotando, e o GP se manteve como um dos eventos esportivos mais importantes do país. Mas, nos bastidores, o problema era outro…
Em 2020, a Globo decidiu encerrar a transmissão da Fórmula 1 no Brasil. O contrato era caro e, na época, a emissora entendia que o retorno de audiência já não compensava o investimento.
Foi o fim de um ciclo de quase quatro décadas em que aquele domingo de manhã tinha dono.

(Imagem: Getty Images)
Ao mesmo tempo, a Fórmula 1 também passava por uma virada global. Em 2016, a categoria foi comprada pela Liberty Media, um grupo americano de entretenimento que redesenhou o produto:
- Foi responsável, junto da Netflix, pela criação da série Drive to Survive, que contribuiu com novos fãs nos EUA, um país que antes pouco se falava do esporte.
- Modernizou o formato de transmissão e marketing, tornando os pilotos personagens e as corridas, narrativas;
- Atraiu um público mais jovem e diverso — especialmente mulheres — e expandiu a base de fãs em mercados fora da Europa;
- Fez a receita da categoria praticamente dobrar entre 2017 e 2024, alcançando mais de US$ 1,1 bilhão em direitos de mídia e impacto recorde de audiência global.
A F1 deixou de ser um clube fechado e passou a operar como uma marca mundial — com patrocínios, experiências e contratos bilionários.
E o modelo de negócios ajuda a explicar tanto sucesso. A categoria é o que o mercado chama de asset light: não precisa ter gastos fixos altos nem investir pesado em infraestrutura.
As cidades pagam para sediar as corridas — e ainda bancam melhorias nos autódromos;
As emissoras compram os direitos de transmissão e produzem do próprio local;
As equipes cuidam da própria divulgação e estrutura;
E os patrocinadores investem dentro e fora das pistas.
No Brasil, o espaço deixado pela Globo foi rapidamente ocupado pela Band, que assumiu as transmissões em 2021.
A nova fase coincidiu com o fortalecimento do GP de São Paulo, que se firmou como um dos mais rentáveis do calendário.

(Imagem: Duda Bairros/MotorSport)
Esse ano, o evento vai movimentar mais de R$ 2 bilhões na economia da cidade e vai atrair cerca de 300 mil pessoas no fim de semana — um recorde histórico.
Encerramos esse texto te contando isso porque… Curiosamente, em 2025, cinco anos depois de deixar a categoria, a Globo voltou ao desejo de transmitir a Fórmula 1, reassumindo os direitos a partir do ano que vem.
💡 O GP de São Paulo de 2025, decisivo em meio a um acirrado campeonato de pilotos, acontece nesse domingo, à partir das 14h. Lando Norris, atual líder, larga na frente.
ENTREVISTA
Depois de Senna, ele foi um dos responsáveis por manter o Brasil no mapa da Fórmula 1. Felipe Massa, vice-campeão mundial em 2008, venceu 11 GPs e passou 15 temporadas na categoria.

(Imagem: Rui Vieira/Getty Images)
Hoje, corre na Stock Car Pro Series, e segue acompanhando de perto a nova geração — incluindo Gabriel Bortoleto, que estreia no grid de Interlagos neste fim de semana.
Às vésperas do GP de São Paulo, Massa conversou com a nossa equipe sobre bastidores, conselhos e o futuro da F1.
O que mais surpreenderia o público na sua rotina da época em que estava na F1 se já existisse um documentário como o Drive to Survive mostrando os seus bastidores?
“Esse tipo de série é muito legal pra mostrar o que as pessoas normalmente não veem — o trabalho fora da pista, o que acontece nos bastidores, o que a gente sente num fim de semana de corrida, com família, amigos, equipe... É o que mais aproxima o público do que realmente é viver a Fórmula 1.”
Como alguém que já correu muito em Interlagos, qual conselho você daria para o Gabriel Bortoleto se tivesse ali no box junto com ele minutos antes da corrida de domingo começar?
“Usar toda a energia das pessoas. Isso faz muita diferença. Antes de entrar no carro, olhar pro público, sentir a arquibancada. Eu fazia muito isso — tentava trazer essa energia pra dentro de mim. Correr em casa é uma coisa que não dá pra comparar com nenhuma outra.”
Se tivesse a chance de comandar uma equipe de F1 hoje, quem estariam no seu grid?
“Verstappen e Piastri. Acho que seria uma boa combinação. São dois estilos de piloto muito diferentes, mas que se completariam bem dentro de uma equipe.”
E o seu grid dos sonhos, com pilotos de todas as eras?
![]() (Imagem: Mark Thompson / Getty Images) | “Senna, Gilles Villeneuve, Niki Lauda, Jackie Stewart e Schumacher. |
EXTRA
Agora que você já conhece tudo por trás da Fórmula 1 no Brasil, relembrou conquistas e leu nossa entrevista com Felipe Massa, o editor decidiu deixar essa edição ainda mais recheada e separou 5 conteúdos sobre a F1 para você assistir:
APRESENTADO POR LITTLE BEAN
Perdoem o print do Paint
É só escolher o sabor:
☕ Tradicional (nosso café puro, em grãos ou moído),
🍯 Caramelo (aromatizado, com o sabor irreverente caramelado)
🍌 Banoffee (inspirado na torta, mas 0 calorias, acredita?)
☕ Faça o upgrade agora, com o preço de Black Friday: use o cupom DENIUS e tenha até 20% OFF no site aqui ou ganhe a caneca e frete grátis no Mercado Livre aqui.
SAÚDE
A Gen Z está ficando de fora dos ensaios clínicos — e isso é um problema

(Imagem: Unsplash)
Você já parou pra pensar como novos remédios são criados? Tudo começa com testes — e é aí que a geração Z está sendo deixada de fora.
Uma pesquisa do National Institute of Health and Care Research, no Reino Unido, mostrou que jovens entre 18 e 24 anos representam só 4,4% dos participantes de ensaios clínicos, embora sejam 8% da população.
Entre 2021 e 2024, pouco mais de 32 mil jovens participaram de estudos médicos — o mesmo número de idosos acima dos 85, que são apenas 2% da população.
🧬 O problema: quase metade dos jovens (45%) convive com alguma condição crônica, como diabetes, asma ou depressão. Ainda assim, estão fora das pesquisas que definem como os tratamentos funcionam.
Sem a participação deles, terapias podem ser menos eficazes — já que o corpo e o metabolismo nessa faixa etária reagem de forma diferente.
Agora, a comunidade científica busca formas de atrair mais jovens. Afinal, participar de um estudo não exige estar doente — e pode ajudar a construir um sistema de saúde que realmente os represente.
Gosta de ler e aprender mais sobre a área da saúde? Então você vai gostar dessa newsletter aqui.
APRESENTADO POR D4U IMMIGRATION
Quem é o verdadeiro chefão da imigração americana?
Na real, não é o Trump… são as autoridades da USCIS, o órgão responsável por aprovar vistos e green cards nos EUA. Um desses big bosses por mais de 30 anos foi Warren Janssen, ex-diretor da USCIS.
Agora, ele vai desmistificar tudo para quem quer começar 2026 nos EUA, no 3º Encontro de Mobilidade Global da D4U — onde você vai garantir a melhor condição do ano para iniciar sua jornada internacional.
Especialmente hoje, você adquire um desconto limitado e exclusivo para leitores do the news irem ao evento: pegue o cupom THENEWS50 para 50% OFF no Sympla e aproveite.
TO CLICK
Os 50 melhores restaurantes do mundo (e com UM brasileiro!!!!)
Os nomes de bebês mais populares de 2025
Ouça os sons mais relaxantes do mundo
Esse artigo explora como homens e mulheres vivem seus dias tão diferentes
É impossível ter relações leves sem ter conversas difíceis? Esse texto vai te contar.
Essa invenção da AI vai te assustar e te surpreender ao mesmo tempo.
TO EAT

(Imagem: Oleksandr Prokopenko)
Cacio e Pepe (ou o jeito romano de dizer “menos é mais”)
Com apenas três ingredientes — queijo, pimenta e massa —, esse clássico de Roma prova que simplicidade pode ser puro luxo. O segredo está em transformar o queijo e a água do cozimento num creme perfeito, sem virar uma massa grudenta.
Você vai precisar de:
200 g de espaguete (ou tonnarelli, se quiser a versão raiz)
100 g de pecorino romano ralado bem fino
Pimenta-do-reino preta moída na hora (generosamente)
Sal a gosto
Como fazer:
Cozinhe a massa em pouca água salgada — isso deixa o amido mais concentrado, essencial para o molho.
Enquanto isso, toste a pimenta-do-reino moída em uma frigideira grande e seca, só para liberar o aroma.
Adicione uma concha da água do cozimento à frigideira e desligue o fogo.
Escorra a massa al dente e junte à frigideira, mexendo rápido.
Fora do fogo, vá adicionando o queijo ralado aos poucos, alternando com pequenas conchas da água quente, até formar um molho cremoso que envolve a massa.
Sirva imediatamente, com mais pimenta moída por cima e, se quiser, um fio de azeite (os italianos puristas vão fingir que não viram).
TO TRAVEL
Pegue R$100,00 para a sua próxima viagem 🌎
A Revolut, fintech inglesa que acaba de chegar ao Brasil, está dando R$100 de cashback pra quem criar uma conta global no aplicativo. 💸
Vamos falar a real: ter uma conta global é o tipo de economia que faz diferença fora do país: aceita em mais de 160 países, com câmbio justo, spread de apenas 0,6% (um dos menores do mercado) e notificações que te avisam quando o dólar ou outra moeda da sua preferência cai.
Mas o que conquista também é a praticidade. Quem já viajou em grupo sabe: alguém paga o táxi, outro o jantar, outro esquece… e, quando vê, o saldo de lembranças é ótimo, o das contas, nem tanto.
Com o recurso de split bills, você divide as despesas da viagem direto no app, evitando aquele constrangimento do “me manda o Pix depois”.
E aí, quer pegar seu 100 reais de cashback e economizar na sua próxima viagem? Baixe o app aqui.
TO WATCH & TO READ
![]() Pintado, quadro a quadro, com mais de 65 mil telas a óleo, Loving Vincent é o primeiro longa-metragem inteiramente feito com pinturas. A história acompanha a vida — e a morte — de Vincent van Gogh, através das cartas que ele escreveu e das pessoas que o conheceram. O resultado é uma experiência visual hipnótica: cada cena parece sair diretamente de uma das telas do artista. | ![]() Neste best-seller, Ryan Holiday mostra como nosso maior adversário não está fora, mas dentro da cabeça. Com exemplos de líderes, artistas e atletas, o autor ensina a reconhecer quando o ego toma o volante — e como retomar o controle antes que tudo saia da pista. Um livro direto e provocador sobre humildade, foco e propósito. Ideal para quem busca crescer sem se perder no próprio reflexo. |
RODAPÉ
SUNDAY'S (the news)
A edição de domingo do seu jornal favorito. Nunca seja chato ou desinteressante — ainda mais no almoço de família. Com essa leitura, você terá sempre algo a acrescentar no almoço de logo mais.
Sentiu falta do termômetro? É proposital. Domingo vai ser sempre diferente dos dias comuns da semana.
Se inscrever é grátis e cancelar a assinatura também.
O que você achou da edição de hoje? |
Faça Login ou Inscrever-se para participar de pesquisas. |
…
bom domingo e até amanhã!











