SUNDAY'S EDITION (30/11)

Bom dia! Chegamos ao último dia de novembro. A partir de amanhã, serão os últimos 31 dias do ano — aquele trecho final em que ainda dá para ajustar o que precisa ser ajustado e deixar os últimos recados para 2025.

Use o domingo para refletir: O que você fez até agora que vale continuar? O que você ainda quer mudar antes de virar a página?

BIG STORY

‘‘A grande transferência’’

Nos próximos 20 anos, os Estados Unidos vão testemunhar o maior movimento de transferência patrimonial já registrado na história moderna.

Mas, ao contrário da narrativa otimista — “millennials vão herdar trilhões”, “uma nova geração milionária está surgindo” — o fenômeno é mais concentrado, desigual e cheio de condicionantes.

Para a maior parte das famílias, a herança será modesta, tardia ou simplesmente irrelevante.

Ainda assim, o número impressiona: segundo a Cerulli Associates, US$ 124 trilhões devem mudar de mãos até 2048. É o estoque acumulado por Baby Boomers e pela Silent Generation, gerações que atravessaram o pós-guerra e depois surfaram décadas de forte crescimento econômico e valorização de ativos.

É um fenômeno essencialmente:

  • Demográfico: Boomers estão envelhecendo, se aposentando e entrando em fase de sucessão em massa.

  • Financeiro: Essa geração acumulou mais riqueza do que qualquer outra na história moderna. Nos EUA, boomers controlam cerca de 50% de toda a riqueza do país.

  • Estrutural: São décadas de ativos acumulados sendo finalmente transmitidos ou vendidos.

Como isso ocorreu?

Essas gerações passadas foram beneficiados por uma combinação única de fatores históricos:

  1. Crescimento econômico robusto do pós-guerra: empregos estáveis, renda crescente e mobilidade social.

  2. Acesso a imóveis com múltiplos de renda muito menores do que os atuais: compra acessível + forte valorização ao longo de décadas.

  3. O maior ciclo de valorização financeira da história moderna: o mercado acionário disparou desde os anos 80, criando riqueza acumulada e previdência fortalecida.

  4. Sistemas previdenciários mais generosos e benefícios trabalhistas mais robustos do que os de hoje.

Esse conjunto criou a geração mais patrimonializada da história americana, e explica por que o volume agora sendo transmitido é tão extraordinário.

(Imagem: Federal Reserve e GHCF)

Dentro desse volumes:

A concentração é impressionante.

Mais da metade de todo o valor projetado deve vir de apenas 2% das famílias americanas, num movimento dominado por grandes fortunas, trusts, empresas privadas e portfólios generosos de investimentos.

Outra característica marcante é a “transferência horizontal”: antes do dinheiro chegar aos filhos, cerca de US$ 54 trilhões vão circular entre cônjuges, e a maior parte desse valor irá para viúvas boomers, que se tornam, ao longo da década, um dos grupos que mais passam a comandar decisões financeiras nas famílias.

Além disso, a maior parte do patrimônio não está em dinheiro líquido. As sucessões envolvem principalmente:

- Imóveis residenciais e comerciais;
- Portfólios de ações, fundos e previdência;
- Empresas familiares e participações privadas;
- Seguros, trusts e estruturas patrimoniais;
- Ativos ilíquidos como arte e coleções

Na prática, trata-se menos de “ganhar um cheque” e mais de herdar estruturas complexas, muitas vezes difíceis de administrar, dividir ou liquidar.

Implicações: o que realmente muda daqui para frente

A ideia de que “millennials vão ficar ricos” simplifica demais o fenômeno. O movimento deve, na prática, aprofundar a desigualdade, porque grande parte do dinheiro continua circulando dentro do mesmo topo da pirâmide.

Também há um fator demográfico importante: parte significativa desse patrimônio deve ser consumida em saúde e cuidados de longo prazo, o que reduz ou até esgota o que chega aos herdeiros.

Além disso, existe outros dois pontos:

1. Descompasso de expectativas: Muitos millennials acham que vão herdar grandes valores, enquanto boa parte dos pais pretende deixar bem menos — ou nem organizou um plano sucessório.

2. Repercussões de mercado: Dividir bens e pagar impostos tende a aumentar a venda de imóveis, empresas e ativos ilíquidos — e a filantropia deve crescer, com mais dinheiro fluindo para fundações e causas sociais.

E, enquanto tudo isso acontece, bancos, family offices e fintechs já se reestruturam para conquistar o relacionamento com essas novas gerações que ficarão com boa parte desses recursos.

No fim, a “Grande Transferência” é real, mas é acima de tudo, um fenômeno da elite. E, para a maioria das pessoas, o motor financeiro vai continuar sendo o mesmo: renda, poupança, educação financeira e execução.

MANCHETES DO DIA
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SAÚDE
ESPORTE

Dois raios não caem no mesmo lugar…

(Imagem: Gilvan de Souza / CRF)

Ou caem, se você for o Flamengo jogando uma final única de Libertadores em Lima.

Em um jogo marcado por poucas chances, mas muitas faltas dos dois lados, quem encontrou o gol da vitória foram os rubro-negros, aos 21 do segundo tempo, com Danilo.

A vitória sobre o Palmeiras consagrou o time carioca como o primeiro tetracampeão da maior competição sul-americana de clubes.

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Atenção, senhores passageiros: o próximo voo é para…

Aquela Argentina que vai além do tango e das empanadas.

  • Em Córdoba, a vibe é de cidade antiga com espírito jovem, perfeita pra quem gosta de cultura e natureza no mesmo dia.

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CURIOSIDADE

Você sabia que Mick Jagger tem influência na…transmissão de críquete?

Em 1997, quando a internet ainda engatinhava, Jagger criou uma empresa só para transmitir críquete ao vivo online — algo que nenhuma emissora do mundo fazia.

As partidas tinham áudio e fotos trocando a cada 5 segundos, mas derrubaram servidores de tão lotadas. Sem saber, o vocalista dos Rolling Stones ajudou a abrir caminho para o streaming esportivo que existe hoje.

TO CLICK
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Um terror: “depois eu te mando o Pix”

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CULTURA E ENTRETENIMENTO

(Imagem: Stranger Things)

A primeira parte da 5ª temporada de Stranger Things chegou nesta semana, marcando o início do fim de uma das séries mais influentes do streaming.

E se olharmos para trás, o impacto dela vai muito além do Demogorgon, do Mundo Invertido ou das crianças de Hawkins.

Quando estreou em 2016, o streaming ainda era experimental. A Netflix testava formatos, outras plataformas nem existiam e ninguém sabia direito o que funcionava no novo modelo.

A série dos irmãos Duffer acertou em cheio ao fazer algo simples: combinar elementos que as pessoas já adoravam — Spielberg, Stephen King, filmes de monstros, trilhas dos anos 80, aventuras adolescentes — em uma história nova.

  • Além do ponto alto principal, que foi o público crescendo junto com os atores.

Stranger Things virou um modelo sem querer. Ela mostrou que séries pensadas para maratonas, com clima reconhecível e referências fáceis de identificar, funcionam muito bem em plataformas de recomendação.

Nos números, ela provou que fez a fórmula realmente virar sucesso:

- A 4ª temporada acumula mais de 1,8 bilhão de horas assistidas (a mais vista da história da Netflix).

- A Franquia soma mais de 400 milhões de horas vistas só em 2025.
- Antes da estreia da 5ª temporada, as outras quatro voltaram juntas ao top 10 global da plataforma.

Além disso, a última temporada chega como a produção mais cara já feita pela Netflix, com orçamento estimado entre US$ 50 e 60 milhões.

TO EAT

Simples, rápido e com aquele sabor caramelizado que transforma qualquer almoço de domingo.

Ingredientes:

1 kg de coxas ou sobrecoxas
2 colheres (sopa) de mostarda
2 colheres (sopa) de mel
Suco de ½ limão
3 dentes de alho picados
1 colher (chá) de páprica
Sal, pimenta e azeite

Modo de preparo:

Misture mostarda, mel, limão, alho, páprica, sal e pimenta. Cubra o frango com o molho e regue com azeite. Asse em forno a 200 ºC por 40–50 minutos, até dourar. Se quiser mais cor, aumente para 220 ºC nos últimos 5 minutos.

TO WATCH & TO READ

Sinners traz Michael B. Jordan em dose dupla. Ele interpreta dois irmãos que voltam para a cidade onde cresceram, no Delta do Mississippi, e tentam recomeçar a vida abrindo um juke-joint cheio de blues e memórias mal resolvidas.

Só que esse retorno não vem sozinho. A cidade guarda histórias antigas, lendas e uma atmosfera que parece observar cada passo deles. O filme mistura drama, música e sobrenatural de um jeito que prende.

Todo mundo tem aquela voz interna que fala sem parar — às vezes ajuda, às vezes piora tudo.

Esse livro é sobre isso: entender por que pensamos demais e como usar essa conversa interna de um jeito que não nos deixe exaustos.

O livro mistura pesquisas e histórias bem cotidianas para mostrar que não adianta tentar “calar” a mente. O truque é aprender a direcionar essa voz para algo mais útil, mais gentil e menos caótico. É uma leitura leve, prática e boa para quem anda com a cabeça barulhenta demais.

RODAPÉ
SUNDAY'S (the news)

A edição de domingo do seu jornal favorito. Nunca seja chato ou desinteressante — ainda mais no almoço de família. Com essa leitura, você terá sempre algo a acrescentar no almoço de logo mais.

  • Sentiu falta do termômetro? É proposital. Domingo vai ser sempre diferente dos dias comuns da semana.

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bom domingo e até amanhã!