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SUNDAY'S EDITION

Bom dia! Hoje, dia 2 de novembro, é celebrado o Dia de Finados. O feriado é dedicado a homenagear pessoas que já se foram. É um momento para acender velas, rezar e honrar a memória dos entes queridos.
Neste domingo, reserve alguns minutos para se lembrar dos sacrifícios que seus antepassados passaram para que você estivesse aqui hoje. Agradecer e relembrar momentos alegres é a melhor forma de mantê-los vivos dentro de cada um de nós.
BIG STORY
O Brasil já virou um narcoestado?
Na madrugada do dia 28 de outubro, 2,5 mil policiais civis e militares entraram no Complexo do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, na mais letal operação da história do estado.
Até o dia de hoje, foram contabilizados mais de 120 mortes, sendo 4 delas de policiais.

(Imagem: Tomaz Silva / Agência Brasil)
A cena é retrato mais recente de um país onde o crime organizado deixou os presídios e passou a disputar o controle do território, da economia e até das finanças.
Hoje, há presença de facções em todos os estados brasileiros. Duas se destacam em maioria. O Primeiro Comando da Capital, o PCC, e o Comando Vermelho, o CV, com maior atuação em SP e RJ, respectivamente.
Essas organizações já movimentam milhões em lavagem de dinheiro, contrabando, fraudes em combustíveis e até fintechs de fachada.
O resultado é um país onde o crime se sofisticou mais rápido que o Estado — e onde a pergunta já não é se as facções estão crescendo, mas o quanto do Brasil elas já controlam.
Para começar, precisamos entender por onde elas nascem.
O Comando Vermelho
![]() (Imagem:
| Primeiro Comando da Capital
![]() (Imagem: Folha de S.Paulo)
|
O tamanho do poder
Imagine o volume de dinheiro que circula por essas redes. As facções hoje vivem além do tráfico: possuem imóveis, postos de gasolina, transportadoras, empresas de fachadas e até fundo de investimentos.
Hoje, menos de 5% da receita dessas organizações vem da cocaína, por exemplo. A maior parte são golpes virtuais e atividades relacionadas a extorsão mediante violência ao ocupar territórios.
Cada comunidade ou estrada dominada garante receita constante por meio de extorsão e cobrança de taxas. Em muitas regiões, o poder público é presença só no papel.
Esse arranjo explica parte da força que elas têm. Quando o crime ocupa funções básicas — garantir renda, impor regras, resolver conflitos —, ele deixa de ser apenas ilegal e passa a ser funcional.
Para o morador da comunidade X, pouco importa se a ordem vem de um comandante ou de um governo: o que vale é saber quem realmente manda ali.
É nesse ponto que o Estado brasileiro mais falha — não por falta de armas, mas por ausência de presença.
O PCC e o CV entenderam que o poder não está só na violência, mas na previsibilidade. Um fornece “proteção” e crédito nas comunidades; o outro administra o fluxo financeiro e mantém disciplina dentro e fora das prisões.
São modelos complementares que, juntos, constroem uma forma de governança paralela.
O Estado, dividido entre esferas e interesses, tenta conter um problema que já é estrutural. O resultado é um país com dois regimes em operação:
Um, formal, sustentado por leis e burocracia.
Outro, informal, movido por dinheiro e coerção.
As facções já entenderam como navegar entre os dois. Controlam rotas, portos, empresas e pessoas — e, indo além, aprenderam a se misturar à economia legal.
Se você espera a resposta para o título dessa história… Na verdade, a questão aqui não é se o Brasil caminha para se tornar um narcoestado. É perceber que ele já vive parte dessa lógica: um Estado onde o crime, em diversas regiões, já coleta, administra e investe melhor do que quem deveria controlá-las.
MANCHETES DO DIA
APRESENTADO POR ESPAÇOLASER
Pelo no corpo realmente piora a performance?
De Michael Phelps a ciclistas de fim de semana, a cena é clássica: atletas tirando os pelos antes das provas. Mas será que isso muda mesmo alguma coisa?
Bom, a equipe de pesquisa da Specialized provou, num teste em túnel de vento, que ciclistas raspados podem completar 40 km até 70 segundos mais rápido. Isso porque a pele lisa reduz a resistência do ar em cerca de 7%.
Mas não é só sobre tempo. A depilação também reduz o atrito da pele durante o treino e facilita o contato com roupas ou equipamentos, tornando o treino mais confortável e eficiente.
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CIÊNCIA E TECNOLOGIA
→ Mais de 20% dos jovens adultos nos EUA estão usando cannabis ou álcool para dormir. O hábito, que parece inofensivo, pode piorar a qualidade do sono com o tempo e aumentar o risco de dependência. A pesquisa reforça um problema global: 852 milhões de adultos sofrem de insônia. Go deeper.
→ Um estudo sugere que a maioria das pessoas que se diz intolerante ao glúten pode estar errada. Pesquisadores apontam que os sintomas são, na verdade, resultado da ligação entre intestino e cérebro, e não do glúten em si — aproximando a condição da síndrome do intestino irritável. Saiba mais.
→ Você sabia que AIs treinadas com dados de redes sociais perdem capacidade de raciocínio e precisão — e até desenvolvem traços “psicopatas”? O efeito, apelidado de brain rot digital, confirma o velho ditado da computação: lixo entra, lixo sai.
EDITORIAL
38.722.
Repetindo: trinta e oito mil, setecentos e vinte e dois. Essa foi a quantidade de assassinatos violentos registrados no Brasil em 2024.
Dividindo esse número por 365, são 106 mortes por dia. Isso é quase o mesmo número da megaoperação no Rio de Janeiro. Todos os dias.
Mas essa média não gera manchete. Não faz vender jornal, não emociona repórter, não rende mensagem no direct. O sangue anônimo não engaja.
Mais do que isso, a narrativa foi invertida: quem combate o crime ainda é tratado por muitos como culpado.
Todos os dias do ano — dia sim, dia também — vivemos uma megaoperação. Todos os dias do ano, 106 pessoas têm suas vidas abruptamente interrompidas devido à violência urbana.
E não há qualquer sinal de mudança. Virou normal? É isso? 106 vidas por dia. De civis. Que morrem em assaltos, sequestros, tiroteios… Estamos em uma guerra.
Literalmente uma guerra. Estados paralelos, grupos fortemente armados, disputa territorial, completo domínio de territórios inteiros e extorsão da população que neles vive.
O mais triste disso tudo? Não há qualquer comoção.
E o país que se acostuma com vítimas já perdeu a guerra — moral, antes mesmo da bala.
APRESENTADO POR GRUPO CAFFEINE ARMY
Não compre os produtos do Grupo Caffeine Army
No momento, não recomendamos que você compre Supercoffee, nem Morning Shot, nem Koala. Na verdade, nem se quisesse, você conseguiria: o site está fora do ar durante 48h. Parece loucura, mas não é.
Algo está prestes a acontecer e é melhor do que você está pensando.
Amanhã você pode acompanhar a live com duas convidadas de peso e condições especiais para entender o que está por vir. Como? 👉 Acessando este link e garantindo o seu acesso.
CULTURA & ENTRETENIMENTO
Springsteen: Salve-Me do Desconhecido chegou aos cinemas trazendo a vida do cantor Bruce Springsteen, e sua fase mais vulnerável. Estrelado por Jeremy Allen White, astro de The Bear, o filme mostra o isolamento do cantor nos anos 80 e o processo de criação de “Nebraska”, um dos seus maiores sucessos. Confira aqui o trailer. | ![]() |
![]() | Flores, caveiras e decoração colorida. Neste final de semana, no México, é celebrado o famoso Dia de Los Muertos. Famílias montam altares e preparam comidas favoritas dos que se foram. Nas ruas das cidades, é quase equivalente ao nosso carnaval. |
O famoso desfile de Halloween de Nova York reuniu milhares de pessoas nas ruas do Village, na sexta-feira à noite. O desfile foi repleto de atrações, música de todo o mundo, arte e dança. O grande ato da noite foi o flash-mob ao som de Thriller, de Michael Jackson. | ![]() (Imagem: Craig T Fruchtman / Getty Images) |
Extra: O the jobs vai trazer o CEO do Rock in Rio para mostrar em uma aula ao vivo como usar AI para garantir lugar nessa nova era.
TO CLICK
🌏 De acordo com essa lista, o bairro da Liberdade em São Paulo é um dos 25 melhores destinos turísticos do mundo
🍻 Mito ou verdade: A ressaca realmente piora conforme ficamos mais velhos?
APRESENTADO POR SWILE
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Se sente valorizado? Ainda sonha com um vale refeição de 50 reais por dia? A Swile quer entender como tá o mercado de trabalho brasileiro quando o assunto é benefício.
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TO EAT

(Imagem: Divulgação)
Tem gente que medita, tem gente que corre — e tem quem faça hambúrguer. O domingo é o pretexto perfeito pra testar a teoria de que felicidade cabe entre dois pães.
Você vai precisar de: • 500g de carne moída (mistura de acém e fraldinha é o ideal) • Sal e pimenta-do-reino a gosto • 2 pães de hambúrguer (ou brioche, se quiser se sentir fancy) • 2 fatias de queijo (muçarela, prato ou cheddar) • Manteiga para selar o pão • Folhas de alface, tomate e maionese (ou o que der vontade)
Como fazer:
Modele a carne em quatro discos de cerca de 120g, sem apertar demais. Tempere com sal e pimenta só na hora de grelhar. Aqueça bem a frigideira, coloque um fio de óleo e doure por 2 minutos de cada lado. Nos últimos 30 segundos, adicione o queijo e tampe para derreter.
Na mesma frigideira, passe um pouco de manteiga e sele o pão até dourar. Monte o hambúrguer com maionese, alface e tomate — e pronto. Um lanche digno de lanchonete, feito em casa.
Dica: Um pingo de manteiga na chapa dá aquele sabor de “hambúrguer de verdade”.
TO WATCH & TO READ
![]() (Imagem: Netflix) O maior investimento do ano na Netflix no Brasil chegou na última quarta-feira às telinhas. ”Donos do Jogo” traz o Rio dos Bicheiros, onde o poder também é de família. A série traz quatro clãs disputando o controle do jogo do bicho na capital carioca — com direito a traições e herdeiras ambiciosas. Apesar de semelhante à vida real, a história é ficção. Mas o roteiro bebe de casos reais e da velha pergunta: o que aconteceria se o jogo fosse legalizado no Brasil? | Vivemos num mar de posts, notificações e takes rápidos. Mas o que acontece quando ninguém mais tem paciência pra uma boa história? Em “A Crise da Narração”, o filósofo Byung-Chul Han diz que estamos perdendo a capacidade de narrar — e, com isso, de entender o mundo. Entre cultura, política e tecnologia, ele explica como o excesso de informação fragmentada mata o fio da narrativa e nos deixa presos em um eterno scroll. |
RODAPÉ
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